quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Itália - Parte 5: Verona, Veneza e Pádua


Veneza


























E chegamos ao final e à melhor parte da viagem: Verona. E não por monumentos ou pontos turísticos, mas por todo amor que recebemos! Em Verona, foi o reencontro com meus irmãos italianos que a JMJ 2013 me deu. E depois da estadia um tanto desconfortável, ser cuidada por pessoas que você gosta não tem como não ser maravilhoso, não é? Passamos 6 dias em Verona e de lá fizemos bate e volta em Veneza e Padova, também faríamos um bate volta em Milão, mas acabamos desistindo.

                                                                    
Verona

Castelvecchio
A fofíssima terra de Julieta, Verona é um encanto. Sem tumultos, não é destino de muitos turistas, mas é uma opção pra quem quer conhecer o charme de uma cidade italiana tranquila. Como os trens italianos não são os mais pontuais, chegamos um pouco mais tarde do que imaginávamos e meu fratello Mattia que foi nos buscar, não estava na estação de trem nos esperando. Aí era um tal de tentar conectar wifi e nada...bom, meu outro fratello Giacomo ligou e avisou para Mattia que já estávamos por lá. Da estação fomos levadas para o liiindo bed & breakfast Fior di Maggio em Pescantina, e depois de tudo ajeitado, fomos jantar com toda família de Mattia no restaurante que ele trabalha Miralago em Pastrengo. Uma vista linda, comida e sobremesas excelentes (não esqueço o risotto maravilhoso que comi lá) e um ótimo vinho em boa companhia, o que mais poderíamos pedir? Me perdi em tantos pratos: antipasto, primo piatto, secondo piattocontorno, frutta, dessert, café e digestivo. No segundo prato, eu já estava satisfeita e até me assustei quando vi eu ainda tinha mais. Tudo tão delicioso que dava vontade de ter uns 3 estômagos pra aguentar bem hahaha.

Casa de Giulietta
No dia seguinte, fomos conhecer o Centro de Verona com os dois fratelli. Começamos pelo Castelvecchio, um castelo medieval que hoje funciona como museu. Foi nosso ponto de encontro com Giacomo e de lá seguimos por todo Centro de Verona, passando pela Piazza Bra e Portinni della Bra, a principal praça de Verona. Dali seguimos pela Arena de Verona, local que hoje abriga shows na região, passando pela Piazza dei Signori, onde tem uma estátua de Dante Alighieri. E então chegamos à famosa Casa de Giulietta. E estava super cheia, de românticos colocando cadeado, fila pra tirar a clássica foto com a mãe no seio da Julieta (dizem que dá sorte no amor) e acabamos não escrevendo nossa carta para deixar lá, e seguimos para a Porta Borsari, um belo portão romano perdido em meio à arquitetura mais recente. E terminamos o passeio na Gelateria Savoia, a mais antiga de Verona, onde comemos o tijolo “La Mattonella”, um doce com sorvete muito gostoso e é o melhor da casa. Tudo muito perto mesmo. Ok, eu conheci Roma a pé, mas aqui a distâncias são realmente pequenas e muito fácil de se conhecer. Um pouco longe de onde ficamos hospedadas, mas estávamos de carro com a nossa famiglia italiana.
Dante Alighieri  - Piazza dei Signori

Nos outros dias, nossos passeios foram bate e volta em Veneza e Padova, mas falo melhor sobre cada um mais abaixo. Pulo aqui para outro dia de passeio por Verona, numa região já mais distante do Centro, onde tem o Lago di Garda, lindíssimo! Primeiro conhecemos o castelo de Rocca Scaligera, onde tivemos uma vista lindíssima do lago, infelizmente não pudemos nadar, pois estava chuviscando e fresquinho, então terminamos o dia com gelato, pizza e boa conversa. No dia seguinte, fomos para Caldiero conhecer a família de Giacomo e ficar uns dias por lá.

Lago di Garda
Esses dia forma muito especiais. As famílias Fornaser e Lissandrini foram tão carinhosas e atenciosas com a gente, que nem há como falar de tamanha gratidão. Mesmo com as barreiras lingüísticas (poucos falavam ou entendiam inglês) tudo fluiu muito bem. Passamos uma noite rindo, comendo tiramisu e bebendo vinho, falando português, italiano e algumas poucas palavras em inglês que o papà entendia (a mamma falava só italiano mesmo). Nossos fratelli nos levando a todo canto, nos apresentando aos seus amigos e sem esquecer da Paola que mais parecia uma mamma do que dona do bed&breakfast. Cuidava de tudo, preparava nosso café da manhã com tanto carinho. Esse era só o início da parte mais incrível de toda a viagem: as pessoas!

O que não fiz em Verona: Anfiteatro de Verona e Igreja de Santa Anastácia.


                                                                                       


Veneza


Não importa o quão bom seja seu senso de direção, sua leitura de mapas, não se iluda: você vai se perder em Veneza. A cidade no verão fica lotadíssima, mas isso não faz com que ela peca seu charme. Seus becos, suas gôndolas, suas máscaras de carnaval, suas pontes e tantas coisas mais. Certamente um dia é pouco para Veneza, mas aproveitamos o máaaaaximo que pudemos!

Basílica de São Marco
Chegamos, abrimos o mapa e seguimos a direção que achávamos certa, para chegar a Piazza San Marco. Entramos em muitos becos, em lojas de máscaras de Veneza e de coisas(tem tudo de Murano), passamos pelo Cassino, Igrejas e um considerável tempo depois chegamos na praça e fomos para fila de entrada da Basílica. Como eu estava de vestidinho, tive que pagar 1€ naquele pano pra cobrir minhas pernas (lembrem-se: que se tem intenção de visitar igrejas, muitas delas não deixam entrar de roupas curtas, decotes e afins). Depois passamos um tempo pela praça, vimos o Campanário de San Marco e passamos pelo Palazzo Ducale e começamos a curtir as muitas de pontes de Veneza, passamos pelo Canal Grande, Igreja Maria Gloriosa dei Frari, Igreja San Giovanni in Bragora e outras igrejas que acabei não gravando o nome.

Rialto
Depois de tanto andar, a fome bateu. Seguimos nosso caminho para Rialto olhando os restaurantes e a maioria com preços nada mochileiros. No final das contas, acabamos achando a Università IUAV di Venezia em alguns dos momentos “perdidas nas ruelas de Veneza” e comemos na lanchonete da universidade. De lá seguimos para Rialto, passamos pelo belíssimo Museu da Música (que já foi uma igreja) e somente do lado de fora da Galerria dell’academia (como já fomos em Florença, optamos por não ir em Veneza) e enfim apreciamos a bela vista da ponte de Rialto. E já era hora de ir embora, e voltamos à estação de trem ao som dos cantores das gôndolas e apreciando mais um pouco Veneza.

Como chegar: Como estávamos em Verona, pegamos o trem e descemos na estação Venezia Santa Lucia, pois está é a que nos deixa ali no “centrão” de Veneza. Se for de trem, essa é sua estação e não a Venezia Mestre. Mal me recordo mas a ida e volta saiu em torno de 20€.

O que não fiz em Veneza: Palazzo Ducale (só por fora), Museu Correr, Galerria dell’ academia (passamos por ela),Colezzione Peggy Guggehein, andar de gôdola e ir a Murano e sua Fábrica de Vidro Anfora Murano.


Padova

O bate e volta em Padova foi apenas para conhecer o lindo Santuário de Santo Antônio de Pádua. Infelizmente não podemos tirar foto em seu interior, mas ele é lindíssimo e com uma energia inexplicavelmente boa! Respiramos pura PAZ ali. Foi perfeito pra recarregar as energias pra continuar a viagem. E no caminho, tinha uma pequena e simples doceria e não resistimos. É, a Itália é um país que engorda!

Santuário de Santo Antônio
Como chegar: Também fomos de trem, é super fácil, só descer na estação Padova e pedir um mapa na informação ao turista. Acho que ida e volta custou uns 15€.

É hora de dar tchau!

A despedida de Verona foi de coração apertado. Cercado de pessoas incríveis, de amor e um local tão de paz, esses dias são daqueles que nunca fogem da memória. Final da tarde pegamos um trem pra Roma e lá ficaríamos até de manhã no aeroporto, onde minha irmã voltava pra Rio enquanto eu e minha amiga seguíamos para Atenas, então imagina o turbilhão de sentimentos. Estávamos na casa do Giacomo, mas Mattia e família também foram nos esperar na estação de trem. “Sorte” que nossa despedida foi um pouco corrida e não deu tempo de chororô.

E assim foi Itália, Itália foi férias, foi brincadeira, foi amor, foi sonho. O mochilão começa pra valer agora, com uma dificuldade aqui, outra lá, mas tudo possível de resolução. Próxima parada: Atenas e Santorini, Grécia.
Como Chegamos: Trem 

Transporte pela cidade: Trem e carro (dos meus fratelli italianos)

Estadia (6 noites): Ficamos 4 noites de cortesia no Bed&Breakfast Fior di Maggio, da queridíssima Paola Peretti, amiga da família do meu fratello Mattia. E 2 noites na casa do meu outro fratello Giacomo.

Gasto Gerais: Vou ficar devendo, pois deslumbrada na Itália acabei não anotando meus gastos básicos depois de Roma.[4]

Fotos da Itália no meu Flickr:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656885166298


Obs: Pontualidade não é o forte dos trens italianos.

2 comentários:

  1. Esse pedaço da Itália é muito massa! Adorei o relato e as fotos! Tenho uma amiga que estava morando perto de Pádua e me falava de como eram as coisas por lá, adoro ver fotos desse canto da Itália! =)

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    1. É realmente um cantinho especial da Itália! Lindo, cheio de gente acolhedora...ok, sou suspeita pra falar de Itália! ahhaha Obrigada :)

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