sábado, 14 de novembro de 2015

Je suis...o mundo todo!



Paris, jul/2014
Sexta-feira 13. 13 de novembro de 2015. Em meio a incontáveis catástrofes que ocorrem diariamente nesse mundão de 7 bilhões de pessoas, mais uma ocorre. E em tempos de comunicação avançada, sabemos tudo em tempo real e inicia-se uma guerra. A guerra dos egos, a guerra das razões. Seja por Facebook, twitter ou qualquer outra rede. O ser humano parece ter medo de se sensibilizar, parece ter que escolher situações, afinal se eu me solidarizo com tudo estou sensível demais. Oi? O que está acontecendo? Sim, sofremos uma catástrofe ambiental em Mariana. Sim, sabemos que é pior do que parece. Sim, é provavelmente o pior desastre ambiental até o momento. Mas onde isso tira nosso direito de se penalizar durante o cenário de terrorismo em Paris? Perante milhares de pessoas que morrem na miséria mundo afora, inclusive em muitos cantos do nosso gigante Brasil? Perante as mulheres que são violentadas na Índia? Perante os que morrem em guerras civis na África? Não temos que escolher nenhum lado. Somos humanos. E todas essas (e outras) tragédias nos deixam mexidos, impotentes. Por que eu tenho que escolher uma dor, um lado da história para sofrer junto?

É muita palavra proferida por nada. A cada “ataque” de discordância que disseminamos numa rede social, estaríamos enviando energia positiva para Paris ou comprando água para enviar a Mariana. “Ah, mas a mídia está dando mais atenção para Paris, como não dá tamanha atenção para nossa tragédia?”. E o que é que nós ainda esperamos da mídia, hein meu povo? Eu não espero mais nada. Cabe a nós tomar ciência das informações e pronto, nada mais esperar. E enquanto nada esperamos, meditemos sobre tudo que ocorre hoje. Seja aqui, seja acolá. O mundo tem uma ferida gigante (sempre teve) e desde que ele é mundo, cresce o número de pessoas que buscam mudar isso. Assim como ainda muitos pagam o pato, muitos se permitem sensibilizar e ir além.
Mariana, nov/2015 - Christophe Simon/AFP (tirada do Globo.com)


Passei 3 meses sem acesso a televisão e com acesso limitado as mídias pela rede. Andei na rua, vi gente sendo gente. Dando a mão, ajudando. Outro dia vi um fotógrafo postando fotos de Mariana e mostrando “a beleza em um momento de dor”, a solidariedade, quantas mãos estendidas a quem está precisando. Assim como acredito estar sendo feito em Paris. E nossas orações e bons pensamentos também o são. Amor caracteriza todas essas ações. Olhemos o mundo e de coração aberto. A hora não é pra discutir sobre quem a mídia está dando mais atenção, quem nas redes está falando mais de Paris ou de Mariana. É para dar amor. É o nosso único instrumento nesse mundo de terroristas de todos os tipos dos que poluem águas até os que matam pessoas com as próprias mãos. A gente só não pode comprar a guerra da razão. Somos todos culpados e inocentes nessas (acredito, mesmo que eu esteja sendo inocente) transformações que ocorrem no mundo. O mundo muda desde que é mundo, ele busca seu caminho. Sabe aquela frase “não quero ter razão, quero ser feliz?”. É isso. Sejamos o mundo todo. Sejamos amor. Menos briga pra saber quem tem razão, pois ninguém tem quando falamos de incontáveis mortes brutas ao redor do mundo, todos os dias.

Foi quinta-feira, 5 de novembro. Foi sexta-feira 13. Todos os dias foram assustadores. Como podemos mudar isso? Mais amor, por favor!

Até a próxima, galera!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Saudade da terra da garoa!

Museu do Ipiranga
 Não importa se é bolacha ou bixxxxcoito, sou carioca e AMO a terra da garoa! E tô com uma saudade sem tamanho dela. Saudade da sua loucura, dos amigos, dos museus, dos sotaques e de comer pizza boa! Sério, acho impossível não amar a cidade mais workaholic do país, a cidade mais movimentada, a maior cidade desse Brasilzão de meu Deus! Ok, não tem praia, mas tem excelentes atrativos. Já fui duas vezes à cidade e não consegui conhecer tudo que gostaria (ainda não estava com o espírito mochileiro em total desenvolvimento hahaahha), até porque passei poucos dias. Mas é uma cidade que pode até respirar fumaça dos carros, mas respira cultura também, por isso repito: como não amar?
Estação da Luz

Em 2009, uma das minhas irmãs estava morando lá, fui visitá-la e ver amigos que o vôlei (ciberneticamente) me deu e passei uma semana em São Paulo. Me encantei com o MASP, Museu do Ipiranga, Museu da Língua Portuguesa, me alimentei pela semana toda com aquele sanduíche do Mercado Municipal, vi o muuuundo que é a 25 de março, tive quer ir a shopping (mas não lembro o nome), me diverti caminhando pela Av. Paulista e vendo esse jeito meio Nova York de ser das pessoas em São Paulo (lê-se pessoas autênticas e seus diversos estilos). Fui ao Pateo do Collegio (abriga o Museu Padre Anchieta), vi o impostómetro, a Estação da Luz, o Theatro Municipal e a Catedral da Sé. E olha, faltou muita coisa ainda, como pode? Não fui ao Parque do Ibirapuera, à Pinacoteca (o dia que fui estava fechada), à Liberdade, Museu do Futebol (ok, esse eu não tive muito interesse devido à não ligar para futebol. Sim, o amor ao futebol não está na minha veia, me julguem hahahaha). E alguns outros lugares que listarei no final do post.

Prepare-se para fazer uma boa dieta antes e depois de São Paulo. Lá come-se muito bem! E come-se de tudo, você vai achar um restaurante bom de diferentes culturas e fora as pizzas, já falei nelas antes hihihi? AMO pizza e ouso concordar que as pizzas paulistas são até melhores que as italianas! Acredito que os melhores pizzaiolos vieram para o Brasil J. Quando voltei em 2013, para fugir da folia carioca e rever os amigos, nem pude visitar muito lugares, foi uma visita para comer e matar as saudades mesmo.

Então vamos àquela listinha MUST DO em São Paulo?

- Museu de Arte de São Paulo/MASP
- Museu do Ipiranga
MASP
- Museu da Língua Portuguesa
- Mercado Municipal Paulistano
- Avenida Paulista
- Estação da Luz
- Catedral da Sé
- Parque Ibirapuera
- Pinacoteca
- Liberdade
- Rua 25 de março
- Estação Julio Prestes (Sala São Paulo)
- Theatro Municipal
- Catavento
- Centro Cultural São Paulo
- Pateo do Collegio
- MAC USP
- Igreja de São Francisco de Assis
Catedral da Sé
- Palácio dos Bandeirantes
- Pavilhão das Culturas Brasileiras
- Museu da Imagem e do Som – MIS/SP
- Jardim da Luz
- Instituto Butantan
- Vila Madalena
- Memorial da América Latina
- Praça das Artes
- Museu da Imigração
- Museu Afro Brasil
- E como muito e bem! De besteiras a restaurantes, comer em São Paulo é sempre muito bom!

Além de ser uma cidade enorme, não falta o que fazer por lá, né? Então pode colocar a mochila nas costas e desbravar a maior capital do nosso país. Vale muito conhecer essa cidade cheia de cultura e que não para! Mas pra finalizar preciso dizer: amo São Paulo, mas é BISCOITO :P


Até o próximo post, galera!:)

obs: minha câmera era uma compacta super simples e por isso a qualidade das fotos não é das melhores!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Um pouco de Rio de Janeiro - Parte 5: Trilhas

Cristo visto do Parque Lage

Eis que chegamos à reta final de posts sobre o Rio de Janeiro. Como sabemos que nossa cidade apesar de toda sua urbanidade, possui beleza natural além das praias para que nossos pulmões possam respirar um pouco melhor. É muito comum a prática de trilhas na cidade, das fáceis às difíceis, com recompensas como cachoeiras e lindas paisagens. São muitas e não conseguirei colocar uma por uma aqui, mas deixarei alguns bizus ;)

Boralá saber algumas trilhas bacanas que você pode fazer na passagem por aqui?

Pedra Bonita

Considerada uma trilha de nível médio (de dificuldade), com uma caminhada de 40 minutos de duração. Localizada próxima a São Conrado. Na Pedra Bonita além de aproveitar a trilha, você pode arriscar um vôo de asa delta e parapente também.

Morro da Urca

Uma trilha boa para quem quer começar a trilhar, por ser considerada fácil. Seu início fica na pista Claudio Coutinho. Antigamente você poderia curtir o por do sol com uma linda vista e descer de bondinho de graça, mas essa gratuidade foi retirada em agosto desse ano. Então, agora ou desce antes da pista fechar (18hrs) ou pagando o bondinho.

Morro dois irmãos

Uma trilha de mais ou menos 1,5km, também não é das mais difíceis e possuem uma linda vista da Zona Sul da cidade. Para começar a trilha, geralmente, se pega uma Kombi ou moto-táxi para o Campo de futebol da Vila Olímpica da comunidade do Vidigal, onde começa a trilha.

Pedra da Gávea

Essa trilha aí é considerada umas das mais difíceis da cidade. Só 842 metros, subida íngreme e uma quantidade considerável de obstáculos, é preciso atenção, bom condicionamento físico e um guia especializado. Mas a recompensa da vista é realmente bem tentadora!

Parque Lage/ Corcovado

Dentro do Parque Nacional da Tijuca, cerca de duas horas de subida, cascatas no caminho e uma linda vista (sei que é clichê dizer isso, mas é verdade) no mirante que fica próximo aos trilhos dos trens do Corcovado.

Vista Chinesa

Também localizado no Parque Nacional da Tijuca, uma trilha fácil (apesar da subida constante) e sempre movimentada. Ao chegar lá encima se aprecia a vista e o monumento do início do século XX. Já disse que a vista é linda? hahahaha

Pico da Tijuca

Pico mais alto da Floresta da Tijuca, só uns 1222m! Então prepara o fôlego e boa subida, como toda trilha nessa cidade a recompensa com a vista vale qualquer cansaço!

Pico Tijuca Mirim

Mais leve do que o Pico anterior é uma boa opção pra quem quer uma bela vista com uma trilha menos puxada. Tem vista para Bahia de Guanabara e Zonas Sul e Norte da cidade.

Bico do Papagaio

Também dentro da Floresta da Tijuca, essa trilha é super procurada pelos trilheiros de plantão. É a segunda montanha mais alta do parque com 987m, sua trilha é de nível médio e com vista para Zona Oeste da cidade.

Cachoeira das almas

Pra fechar o circuito dentro da Floresta da Tijuca, temos um percurso tranqüilo, com menos subidas que os demais. Um conexão boa com a natureza e por fim a Cachoeira, quer coisa melhor, meu amigo?

Pedra da Tartaruga

Localizado na região de praias selvagens de Guaratiba no Parque Estadual da Pedra Branca, à 45m de altura. A trilha é de cerca de 45 minutos, nível médio e ao chegar na pedra ainda pode rolar um rapel, já que é comum a prática na área.

Pedra do Telégrafo

Uma das trilhas mais conhecidas do momento, devido a perspectiva das fotos dando impressão de se estar pendurado em um penhasco. Trilha dura cerca de 30 minutos.

Bom, essas foram algumas das trilhas mais populares aqui de terras cariocas que eu pesquisei para vocês. Como disse em algumas, a presença de guias é muito importante efetivamente em todas elas! Eu tenho uma amigona que é apaixonada por trilhas e se tornou guia, super indico Vivi Trilhas (para saber mais: http://www.vivitrilhas.com/portal/).

E assim termino a série de posts sobre minha cidade. E você achando que Rio de Janeiro era só praia, Cristo e Pão de Açúcar né? Tem muita coisa pra curtir por aqui, já que fomos agraciados com taaaanta beleza natural! Então, já sabe, se passar por aqui, trate de curtir e COMTEMPLAR tudo! J
Até o próximo post, galera!



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Um pouco de Rio de Janeiro - Parte 4: Além das praias



Vista do Forte do Leme

Voltemos à série de posts sobre o Rio de Janeiro. Até agora vimos praias, pontos turísticos clássicos da cidade, então hoje veremos outros cantos dessa cidade que vale a pena conhecer, afinal, o Rio não é só praia, é terra de samba, caipirinha e feijoada. Também não faltam museus, cultura e muita história naquela que já foi capital do país. Então, lembre-se, nada de vir aqui e só conhecer praias hein?

Escolas de Samba

E o que você acha de um sambinha e feijoada? Então, é só escolher uma quadra de escola de samba (e ver programação, claro) e curtir o dia com boa música e boa comida. Praticamente uma tradição nas quadras das escolas por aqui, as feijoadas atraem cariocas e turistas de todos os tipos!

Santa Teresa

Um dos bairros mais charmosos da cidade e tem atrações para todos os gostos! Tem uma vista linda da cidade, tem samba, tem forró, feijoada (Bar do Mineiro é famoso por tal prato), tem restaurantes badalados (Aprazível é um dos tops!) e muita cultura. Um dos espaços culturais mais conhecidos (e recomendo a visita) é o Parque das Ruínas, que reúne teatro, sala de exposição, circo, café e mais uma vez, uma bela vista do Rio de Janeiro.

Morro da Conceição

Vista do Parque das Ruínas
Recém restaurado por conta da revitalização da área portuária, é conhecido pelos bares, restaurantes e centros culturais e pelos belos grafites em suas paredes.

Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - Feira de São Cristóvão

Um refúgio da cultura nordestina no Rio de Janeiro. Restaurantes com comidas típicas, shows e lojas, tudo com um tempero de Nordeste no Rio de Janeiro. Vale muito a visita.

Feiras

-Do Lavradio: Todo primeiro sábado do mês, a Rua do Lavradio na Lapa reúne de móveis, comida, roupas e mais.

-De Antiguidades da Praça XV: Praticamente um grande brechó ao ar livre, todos os sábado pela manhã, encontramos ali na Praça XV um pouco de tudo.

Pista Cláudio Coutinho

Bela vista, ar puro e ótimo lugar para caminhada ou para bikes, ta esperando o que pra dar um pulinho lá? E melhor ainda, não paga nada.

Mirante da Paz

Uma linda vista (ok. Sei que repito muito isso, mas o que não falta nessa cidade são lindas vistas) de parte da zona sul do Rio de Janeiro. Como chegar? Entrar no complexo Rubem Berta, na Praça General Osório (Ipanema).

Bosque da Barra da Tijuca

Além de ser um parque municipal para lazer e passeio, é uma reserva ecológica, onde se mantém preservadas a vegetação e animais da região.

Theatro Minicipal

Contemplados por sua linda arquitetura, esse prédio inaugurado em 1909 (e recentemente restaurado) é palco de grandes espetáculos (musicais ou balés). Localizado na Cinelândia, no Centro da Cidade, vale a visita guiada ou curtir a programação do teatro.

Ilha Fiscal

Feira de São Cristóvão
Palácio que foi sede do último baile do Império, atualmente abriga um museu mantido pela Marinha do Brasil. Pode-se chegar até ele pela Praça XV.

MAR – Museu de Arte do Rio

Faz parte do projeto de revitalização da área portuária (Porto Maravilha). Conta com exposições, eventos e restaurante com vista panorâmica.

Caixa Cultural

Conhecida pela excelente curadoria de arte e cinema, fica no Centro do Rio e é uma ótima pedida.

IMS – Instituto Moreira Salles

Abriga um acervo maravilhoso de fotografias, música e literatura, traz sempre exposições, filmes e shows. Em homenagem aos 450 anos da Cidade Maravilhosa, a casa traz até o dia 31 de dezembro a exposição “Rio: primeiras poses – Visões da Cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930)”, imperdível!

Biblioteca Parque Estadual

Recentemente reformada, o espaço junta muitos livros e uma arquitetura bacana, convidando todos nós a passarmos um tempinho a mais por lá.

Real Gabinete Português de Literatura
Jardim da Casa de Rui Barbosa

Localizado no Centro do Rio, o gabinete surpreende pela beleza. Acredite, é desconhecido de muito cariocas, inclusive. Aberto de segunda a sexta.

Parque Lage

Verde, arte, um prédio com uma bela arquitetura, trilha pro Corcovado e espaço bom para um piquenique, uma passeio ao ar livre. Você tem tudo nesse parque público que fica no Jardim Botânico.

Fundação Casa de Rui Barbosa

Centro de memória que possui coleções de documentos literários, históricos, biblioteca, mobiliário de Rui Barbosa e um jardim desses bons pra colocar os pensamentos no lugar, isso tudo ali no meio a Rua São Clemente, em Botafogo.

Forte do Leme

O Forte Duque de Caxias fica no topo do Morro do Leme, mais um ponto de linda vista da cidade, com caminhada ecológica cercada de muito verde até chegar lá encima.

Palácio Tiradentes

Mais um exemplo da bela arquitetura que encontramos no Centro do Rio. O prédio é sede da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Mosteiro de São Bento

Mosteiro é conhecido por sua linda Igreja e pela missa com canto gregoriano.

Parque Lage
MAM – Museu de Arte Moderna

O museu fica no Aterro e é convidativo pelas exposições e pela vista. É muito comum na área próxima ao Museu a realização de piqueniques.

CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil

Ótimas exposições, café, livraria, teatro, cinema e uma bela rotunda. Localizado no Centro do Rio, a visita lá é obrigatória. Recentemente, o centro cultural se tornou famoso pelas filas gigantes proporcionadas pela popularidade de suas exposições.

Museu Casa do Pontal

A distância do Centro e da Zona Sul (áreas mais populares da cidade) é grande, mas esse museu de arte popular brasileira vale uma visita. Considerado o Van de Beuque.

Bom, essas são algumas dicas do que fazer na Cidade Maravilhosa além praias. Então pegue o planejamento da viagem e incluam o que acharem mais interessante da listinha acima, garanto que não se arrependerão. E aproveitem tudo que a cidade tem a oferecer!

Até o próximo post, galera! J


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Um desabafo carioca



Hoje não é dia de post, mas tristemente abrirei uma exceção e meu coração :( 

Desde que nasci e nem me entendia por gente, sei que o Rio de Janeiro já não era mais a Cidade Maravilhosa depois do túnel, além da Zona Sul. Sofremos com a impunidade há tempos, com o descaso, com o medo de chegar, com o sair sem saber como irá voltar. E me pergunto, quando é que todo mundo se importou com isso? Quando o bem estar do carioca que mora além das praias foi pauta importante? E mais uma vez, nada aprendemos, o discurso de violência e redução de maioridade penal continuam sendo a possível solução, embora todos saibam que NÃO é. Assim como a seca só virou problema quando chegou ao Sudeste, a Cidade perdeu seu adjetivo Maravilhosa agora que o problema tomou novos espaços.

Sim, meu caro companheiro carioca, anos de péssimos governos e descaso da própria população são um tiro que SEMPRE sairá pela culatra. Boa parte de nossos problemas políticos começam com nosso comportamento. As não cobranças de anos atrás culminaram nesse caos atual: sem ensino, sem perspectiva, está cada vez mais difícil convencer alguém do que é certo ou errado, de que o bem estar do todo é o seu também, principalmente quando o bem estar destes nunca foram importantes para o resto do todo.

Acho que temos a faca e o queijo na mão. Essa é (e tem de ser) a hora de agir, antes que a cidade perca qualquer possibilidade de voltar a ser maravilhosa. E que ela possa ser assim para todos (branco, negro, índio, caboclo, mameluco) e em todo lugar (zona norte, oeste, sul). Não adianta ser dita uma das cidades mais lindas do mundo, se o próprio cidadão não pode viver bem. ESTAMOS ESQUECIDOS. Nos esquecemos. Ou nos juntamos agora, ou nos separaremos cada vez mais.

Antes de qualquer coisa, quero deixa EXPLÍCITO que não defendo esse comportamento meliante, mas não posso fechar os olhos para um problema SOCIAL. Meus queridos, a sorte que eu, você e seu vizinho temos não se estende a toda população dessa cidade. Existem sim diversos casos de superação, OK, mas regra é regra, mermão: olhe para seu próprio umbigo e verá quantas vezes você mesmo consegue fugir a regra em diversos campos da sua vida. Assumamos nossa responsabilidade com o descaso. Assumamos nossa insensibilidade social e espera por milagres, à eterna espera que todo excluído favelado vá correr atrás SOZINHO pra mudar sua vida, quando muitos de nós não damos um passo sem uma BOA companhia. Ninguém luta sozinho, brother. Paremos de buscar paliativos, quando é preciso curar a ferida.

Quando sangrar a dor da impotência, lembre-se: todo carioca tem direito de curtir um domingo de sol em qualquer praia e não importa de onde ele venha e pra onde ele vá. Quando vamos mudar isso?

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Um pouco de Rio de Janeiro - Parte 3: Pontos turísticos famosos

Cristo visto da Urca
E seguindo a série de posts falando do meu Rio de Janeiro, o post de hoje traz os pontos turísticos queridinhos, os mais famosos, os tão conhecidos cartões postais da Cidade Maravilhosa, aqueles lugares que não se pode deixar de ir ao passar por essa bela cidade. E curiosamente, lugares eu boa parte da população carioca demora muuuuito a conhecer, eu, por exemplo, tenho uma irmã que nunca foi ao Cristo Redentor e a primeira vez que fui, estava recebendo uma amiga paulista queridona, ou seja, nós mesmos aproveitamos menos do que parece a parte turística da cidade.

Mas vamos direto aos pontos :P

Praia de Copacabana
Nosso querido Drummond na Praia de Copa
A princesinha do mar é sem dúvida a praia mais conhecida e visitada da cidade, já falada no post anterior (http://ideiasmochileiras.blogspot.com.br/2015/09/um-pouco-de-rio-da-janeiro-parte-2.html). Famosa por sua beleza, por seu calçadão e por um réveillon cada vez mais LO-TA-DO de gente, ela consegue atrair cada vez mais gente!

Arcos da Lapa
O aqueduto que virou o símbolo da boemia carioca, já que a Lapa é sem contestação o bairro mais boêmio que temos por aqui. Então, se você curte a noite, seja lá qual for sua praia, por lá você vai encontrar algo que combine com você, certamente J (e lá você também encontra a famosa Escadaria Selarón).

Maracanã
E o nosso grandão e super famoso estádio do Maracanã. Que amarga a memória da final da Copa de 50 e tem no currículo alguns shows de diversos artistas e festivais, um Brasil X Rússia do vôlei e incontáveis fãs apaixonados de futebol! Vale a pena fazer aquele tour básico ou encarar uma partida de futebol pra conhecer esse estádio tão querido pelos cariocas: nosso Maraca, para os íntimos ;)

Vista Chinesa
Em meio à Floresta da Tijuca, a construção tem uma vista mega blaster maravilhosa da cidade! Se vê Cristo, Pão de açúcar, Lagoa...então, colocar aí na sua must do list do Rio de Janeiro.

Mirante dona Marta
Assim como a Vista Chinesa, proporciona uma daquelas vistas de tirar o fôlego da Cidade Maravilhosa!

Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados - Praia Vernelha
Jardim Botânico
Quer um lugar verde e com tranqüilo acesso (temos outros maravilhosos, mas muitos a gente encara uma boa trilha)? Então, seja bem-vindo! Nossos pulmões merecem respirar um verde, com uma diversidade ecológica (seu orquidário é uma atração super visitada lá dentro) e bastante espaço pra caminhar, fotografar, fazer piquenique, enfim, se divertir!

Lagoa Rodrigo de Freitas
Lagoa é famosa por sua beleza, por seus pedalinhos, pelo espaço para atividades diversas ao ar livre, seu formato de coração (mas isso você só verá de longe) e tantas outras coisas mais. Todo Natal, por exemplo, temos a Árvore da Lagoa, com uma inauguração cheia de gente e atrações bacanas.

Praia Vermelha
Essa praia está ali do ladinho do Pão de Açúcar e é meu canto favorito da cidade (fiz faculdade ali perto e tenho estudado fotografia por ali também, ou seja, sou suspeita para falar hahaahha). Ela fica na Urca, no Circuito Militar. E é um passeio dois em um, dali você já pula pro bondinho e sobre o Pão J

Pão de Açúcar
Pão de Açúcar
Famoso por seu bondinho, por seu formato e pela vista, o Pão de Açúcar está sem dúvida no Top 5 dos queridinhos do Rio de Janeiro. Além do acesso pelo bondinho, há acesso por trilha também. Ele dispensa recomendação, não é mesmo?

Cristo
E eis ele, uma das maravilhas do mundo moderno, que está de braços abertos sobre a Guanabara, já dizia nosso grande Tom Jobim. Visita mais que obrigatória na passagem pelo Rio. Linda vista da cidade e subida de trenzinho pra curtir essa vista. Também dispensa recomendação.


E esse é mais um pouco do meu Rio de Janeiro. No próximo post tem mais! Até lá, galera!


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um pouco de Rio de Janeiro - Parte 2: Praias

Praia de Copacabana
Como vocês já sabem (na descrição aqui do lado e de outros posts), a mochileira que vos fala é carioca e não tem como deixar de falar da minha cidade natal por aqui né? Rio de Janeiro, essa cidade amada por suas curvas montanhosas e praias, pelo carnaval, pela simpatia do povo, pelo calor de 40 ºC (um tanto mais que 40, ultimamente hahahha), pela havaianas nos pés em todo lugar e pelo sotaque chiado mais charmoso desse país (sim, é bixcoito e não bolacha :P).

Brincadeiras a parte, hoje vamos falar delas: as lindas praias da Cidade Maravilhosa! E sim, como santo de casa não faz milagre, eu não conheço todas elas. Sim, é um absurdo, mas sabemos que são poucas as vezes que “turistamos” em nossa própria moradia, não sei lhes dizer o porquê. As praias são uma marca da cidade, conhecida por todo o canto desse mundo, do calçadão de Copacabana  ao surf na Prainha, temos 72,3km de praias a serem aproveitados.

Praias da Zona Sul

Sem dúvidas, essas são as mais famosas da cidade. Copacabana é a princesinha do mar! Possui um dos réveillons mais populares do país e é referência de Rio de Janeiro por aí afora, é só você dizer que é brasileiro e carioca que ouvirá certamente um “Copacabana?”. É sempre bom ficar atento, pois algumas praias (Botafogo e Flamengo, especialmente) nem sempre estão próprias para o banho.

As praias que eu mais gosto dessa região são Arpoador e Ipanema, não sou conhecedora/freqüentadora de todas, como já disse anteriormente. O pôr do sol do Arpoador é da lista de “must do” na vinda ao Rio. Vamos à listinha de praias que você pode conhecer por aqui:

Praia do Flamengo
Pôr do sol no Arpoador
Praia de Botafogo
Praia Vermelha
Praia da Urca
Praia do Leme
Praia de Copacabana
Praia do Diabo
Praia do Arpoador
Praia de Ipanema
Praia do Leblon
Praia de São Conrado
Praia do Pepino
Praia do Vidigal

Praias da Zona Oeste

Essas são as praias que eu gosto mais de ir, embora não conheça todas. Na minha humilde opinião, elas são de longe as mais lindas e como são menos populares que as da Zona Sul, o movimento é levemente menor. Acredito que a mais badalada dessa região seja a Praia do Pepê, mas meu coração está mais para a outra ponta começando na Praia da Reserva e indo até as lindas Prainha, Praia da Macumba e Grumari, essas últimas são muito freqüentadas por surfistas e tem uma prainha “escondida” por ali, a Praia do Secreto. Só pegar uma trilha leve e se encontra mais um pedacinho de paraíso por essa região. Temos também por aqui a Praia do Abricó, conhecida pela prática de naturismo.

Uma parte mais distante dessa região que tem se popularizado atualmente é Guaratiba, devido a Trilha da Pedra do Telégrafo e sua famosa foto com um ângulo perfeito para uma bela ilusão de ótica, além da vista maravilhosa daquela região, embora seja bem distante comparado ao Centro da cidade, é uma aventura que vale a pena ser vivida, então pense com carinho na beleza dessa região. Aqui vai mais uma listinha:

Prainha
Praia de Joatinga
Praia do Pepê
Praia da Barra da Tijuca
Praia do Recreio dos Bandeirantes
Praia da Reserva
Prainha
Praia da Macumba
Praia de Grumari
Praia de Abricó
Praia do Secreto
Praia do Perigoso
Praia da Barra de Guaratiba

E a praia é apenas um dos atrativos da Cidade Maravilhosa, e farei outros posts para falar com mais calma de cada pedacinho dessa cidade. Hoje ficamos aqui pelas praias!


Até o próximo post, galera! J

Para mais fotos:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157657976227791

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Como guardar dinheiro para viajar

Cofrinho esperando a próxima viagem hahahha

Por muito tempo viajar era algo um pouco distante da realidade de muitos brasileiros. Felizmente essa realidade mudou, mas é sempre bom viajar tranqüilo, sem muitas dividas. No caso de mochilões mais longos então, neeeeem pensar em colocar os pés pelas mãos financeiramente. E não é preciso ganhar rios de dinheiro, só é preciso saber economizar, então hoje darei algumas boas dicas pra você que quer fazer aquela viagem com o porquinho que já tá estourando de tanta moeda! Hehehe. Bom, eu comecei a juntar dinheiro por outros motivos desde meu primeiro estágio onde recebia apenas 600 contos (e com uma bolsa 200 continhos maior fui à Buenos Aires)

1- Caso ainda não possua uma poupança, faça uma.

É uma boa forma de guardar uma graninha e mesmo sendo pouco, de quebra ainda rende alguma coisa. Defina uma quantia mensal (de acordo com seus gastos fixos) e guarde a grana antes de torrar! Meu método era: receber, guardar e aí sim pagar as contas e os gastos corriqueiros. Uma dica: se no final do mês por acaso ainda tiver um suspiro na conta aproveite e jogue pra poupança sem titubear.

2 – Entenda melhor seus gastos.

Será que a conta do cartão de crédito está mais alta do que deveria? Pegue suas contas e veja pra onde seu dinheiro está indo e questione a necessidade de todos os seus gastos, a gente sempre descobre uma futilidade ou outra a qual podemos viver sem traaaaanquilamente.

3 – Repense seus gastos básicos.

Depois de entender as contas e o supérfluo, é hora de pensar se aquela conta de telefone não pode ser reduzida, ou ver se a TV a cabo realmente vale o gasto, aquela academia que você só aparece uma vez na semana (quando aparece), entre outras coisas.

4 – Otimize as contas de casa.

Em tempos de altas nas contas como água e luz, essa economia fica ainda mais válida! Sabe aquela lâmpada econômica que você diz que vai experimentar e não o faz? Essa é a hora. Sabe quand você larga todas as luzes da casa acesa sem necessidade? Hora de parar. Aquele filme que você passou duas horas dormindo com a TV ligada? Acho que é uma boa trocar por um livro deitada na cama. Banhos longos, a louça sendo lava com água corrente, esses pequenos detalhes você pode te ajudar a fazer uma baita viagem e a ter costumes mais saudáveis quando voltar dela ;)

5 – Revisite as opções de lazer.

Sim, ta aí um campo que atrapalha muito na hora de juntar uma grana: as saídas! Claro que precisamos de lazer, mas gastar menos na noite vai te render alguns dias de mochilão a mais! Arranjar mais gente pra rachar o táxi, buscar alternativas mais baratas de saída valem muito a pena! Eu tive que abrir mão de alguns eventos, mas não me arrependo nem um pouco de umas sextas feiras em casa perante o que vivi na viagem!

6 – Compre o que precisa.

Sabe aquele consumismo louco que a gente compra várias coisas que não precisa? Então, fuja dele! Compre só o necessário. Aquela blusa linda está em promoção? Mas você tem umas parecidas não é mesmo? Ahahhaha. Segura a onda e comece a pensar em coisas úteis que você precisará durante a viagem. Tudo é investimento, no more waste.

7 – Use menos carro.

Para os motorizados, lembrem do preço da gasolina, do trânsito maravilhoso das cidades grandes desse país, de estacionamentos e que a vida ta ficando muito sedentária pra você que vai à padaria de carro! Esses centavinhos aí vão lhe render quase a viagem inteira, viu?

8 – Defina o quanto vai gastar na viagem.

Esse item não entra necessariamente nessa ordem, mas estipula sua meta de gastos. Estude bem o roteiro pretendido, chegue ao seu número da sorte e foco! Rapidinho chega a hora da viagem e ir sem ter o peso de dívidas absurdas é muito melhor. Se deixar você volta com um trocado pra deixar guardadinho pra próxima!

Pode parecer difícil a princípio, mas depois você percebe que são hábitos ótimos pro seu dia a dia e como gastamos dinheiro com coisas suuuper desnecessárias! Boa sorte nos novos hábitos e boas viagens, galera!


Até o próximo post! J

Obs: Para saber sobre os meus gastos no mochilão, dá um pulinho nesse post aqui:

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Ode à estrada!


Hoje o coração acordou apertado, queria acordar em qualquer outro lugar, sem qualquer planejamento, sem saber as surpresas que o dia aguardava, sem saber onde o dia acabaria, que pessoas passariam pela minha vida dando direções ou conversando sobre a vida, sem pensar que dia é hoje ou amanhã. Saudade até do planejamento antes da viagem, de encurtar a vida social para ter uma graninha, de passar dias olhando preço de passagem e da comemoração de achar um preço mais bacana em um dia qualquer.

Estrada para Águas Calientes, Peru
Saudade de estar com a mochila nas costas, mesmo que os ombros reclamem do peso dela você ao longo da viagem comece a se livrar de alguns pertences, afinal, a cada dia fica mais claro que você não precisa muito pra viver bem. Ai, e como é bom estar mais desligado e passar tanto tempo sem prestar atenção em uma televisão, saber de poucas notícias e usar o Facebook apenas pra mostrar pra sua mãe que você está viva. É reconfortante ver o mundo diante dos seus olhos, assistir a bondade das pessoas ao invés de engolir a força notícias de catástrofes humanas replicadas ferozmente por tanto veículos de comunicação.

Estação de trem de Fátima, Portugal
Ai, como é bom filosofar sobre a vida com uma pessoa que você conheceu há meia hora e mesmo assim vocês se escutam tão bem que a prosa rende. E ver que a vida não é nada efêmera, que cada segundo é eterno. Ver que nossa beleza está na essência e que não há nenhum mal em viver sem um pouco de maquiagem dia ou outro. Como é bom encurtar as distâncias do olho no olho e não ter medo de apenas ser. É muito gostoso ter um “lar” em cada canto que se vai, e falar no fim do dia “em casa a gente pensa nisso. Mas você mora aqui? Bem, minha casa é onde eu estiver”. É um pertencer as suas raízes e onde quiser ir. É alguém que nem fala a mesma língua que você ter zelo, te abraçar e te dar biscoitos e sucos pra vc não ficar com fome. É ter melhores amigos feitos em 2 dias e chorar ao seguir. E será verdade mesmo que existem pessoas que não gostam de viajar?

Saudade de arrumar a mochila pra pegar o trem no dia seguinte. Saudade até do leve perrengue de pegar ferryboat, ônibus, trem, andar e demorar mais de um dia pra chegar à algum lugar. Saudade de ter que mudar alguns planos quando a chuva atrapalha algum passeio e pensar “ok, agora tenho que voltar mesmo”. Saudade de dormir no trem com medo de perder a estação certa pra descer (quando não era a última). Saudade de não ter espaço para mim e a bagagem em um mesmo vagão. Saudade de olhar a paisagem pela janela até os olhos se fecharem.


Chegando à Roma, Itália
Saudade das histórias que cruzam o nosso caminho. Saudade dos encontros. Saudade de ficar secretamente apaixonada por italianos e gregos a cada segundo. Saudade de pensar na próxima viagem enquanto ainda havia muito a ser vivido naquele momento. A estrada é linda de qualquer forma. Seja de avião, navio, ônibus, trem, moto, carro ou bicicleta, ela te proporciona aprendizados, meu amigo, que você não vai achar em outros lugares. Ela te leva a lugares que comumente você pode tentar fugir. Ela abre outros caminhos. Ah, a estrada faz muita falta. Quando você pega o jeito, ir é tão bom quanto voltar. A estrada se torna sua casa também e por isso que em tempos dá uma saudade forte dela, até conto quanto tempo não te vejo (8 meses, no caso). Qualquer hora a gente se vê, estrada é sempre caminho de mochileiro!

Até o próximo post, galera! :)

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Mulheres viajando por esse mundão (sozinhas ou acompanhadas)!

Em Zagreb, Croácia

Cada dia mais temos a felicidade de ver mulheres viajando sozinhas e sem medo pelos quatro cantos desse planeta terra! Hoje temos por aí uma quantidade enoooorme delas dividindo suas experiências por blogs, instagram ou até mesmo em fóruns de mochileiros. Mesmo em alguns lugares onde há mais dificuldades para mulheres circularem com tranqüilidade, podemos encontrar relatos de muitas corajosas vivendo maravilhosas experiências nesses lugares. Hoje a mulher pede carona, é experta pra fugir da carona caso perceba que não é uma boa, acampa sozinha, enfim, estamos exercendo cada vez melhor nosso direito de ir e vir.

Sozinha no Louvre
Eu ainda não mochilei sozinha (o mochilão pela Europa foi todo programado para estar sozinha, mas uma amiga apareceu de última hora e quis entrar no meu roteiro), mas viajo geralmente com uma amiga ou duas, sempre muito “clube da Luluzinha” hehehe. E também tenho o prazer de ser cercada por mulheres aventureiras que viajam sozinhas (ou comigo hahaha), uma inclusive tem uma blog super legal sobre suas aventuras (http://vivianerosatrilhas.blogspot.com.br/) e trabalha aqui no Rio de Janeiro como guia de trilhas e outras coisitas que te deixam pertinho da natureza*.

Com minha companheira de viagem (brincando) no Coliseu
Durante o mochilão os dias que tive sozinha foram em Paris, minha companheira de viagem já conhecia a cidade da luz e precisava resolver algumas coisas e logo tive alguns momentos só meus por lá. E mesmo que meu francês se resuma a “bonjour”, “bonsoir” e “je ne parle pas français”, foi bem tranqüilo caminhar por lá e na hora da dúvida usar o inglês mesmo. Andar sozinha por um lugar que você não conhece é uma emoção diferente. Você precisa aprender a contemplar e a prestar atenção ao mesmo tempo. Você ri e fica com medo quando percebe que está perdida e ainda continua no caminho errado. É divertido pedir pra um desconhecido tirar sua foto e saber que nunca vai ficar do jeito que você quer, mas será uma ótima lembrança de qualquer forma.O horário é seu, o passo é seu, a estrada é sua, você pode parar por horas em algum lugar para observar e fotografar, compartilhar é maravilhoso, mas estar sozinho nos leva um pouco além.


Conhecendo gente boa em hostels

Como qualquer viagem, o planejamento é essencial e nesse caso ainda mais! Estudar os locais que pretende conhecer, seus costumes, se deve ou não prestar mais atenção na cidade X ou Y. E no final das contas, sozinha é o que você menos vai ficar. Tem milhares de pessoas em hostels, passeios e afins que optaram por uma viagem solo e acredito que isso ajude ainda mais a conhecer uma galera do bem ao longo do caminho. Está no meu planejamento uma trip sozinha, mesmo curta, e pode ser aqui pelo Brasil mesmo. Viajar vale a pena de qualquer forma. E é muito bacana ver a mulherada botando a cara no mundo e dividindo lindas experiências. Então, vamos viajar mais? Nada de “vou ficar por aqui pois não tenho companhia”, meus caros, o mundo inteiro é companhia pra gente J

Até o próximo post!

*Saiba mais em: http://www.vivitrilhas.com

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Quando a vontade de mochilar começou!

Valle Sagrado, Peru
Ultimamente tenho lido alguns textos sobre o tal do “gene wanderlust” e, assumo que ainda não formei opinião sobre o assunto e não sei se algumas pessoas nasceram pra viajar e outras não, só sei que viagens podem ser experiências transformadoras. E viajar foi um oceano de descobertas pra mim, foi como tirar uma venda dos olhos e ver como o mundo é grande e te chama para cada canto dele com uma infinidade de cultura, pessoas e oportunidades pra você aproveitar. Não sei se tenho o gene, mas resolvi compartilhar um pouco de como tudo começou pra mim, essa vontade infindável de ir pelos cantos desse mundão!
Caminho da Hidrelétrica até Águas Calientes, Peru


Veneza, Itália
Anos estagiando, anos se privando de longas viagens por alguns motivos e depois de um ano meio de trabalho e chegaram as minhas merecidas FÉRIAS (agosto de 2013)! As primeiras férias da vida e eu optei a ir para Machu Picchu, comprei as passagens uns 3 meses antes (e sim, chegando perto tentaram adiar minhas férias), fiz as reservas e depois de uns conselhos de um amigo, montei o roteiro junto à uma amiga que me acompanhou nessa primeira aventura. Já tinha feito algumas viagens, já tinha ido á Buenos Aires (a primeira internacional), mas foi em Cusco que tudo mudou.

Foi em Cusco que eu percebi que não queria ser só turista. Foi em Cusco que eu percebi que uns minutinhos que fossem parar e olhar como aquela cidade funcionava, como aquelas pessoas se comportavam, era mais importante pra mim do que fazer mil passeios. Conhecer gente de lugares diferentes, escutar um pouco de sua história e suas viagens, dividir o quarto com essas pessoas por alguns dias ou por algumas horas, tudo isso tornava a viagem ainda mais especial. A viagem foi de expansão. De ter um olhar novo e isso sempre vem de dentro pra fora. E as good vibes do Santuário ajudaram, acredito eu. Voltei inquieta demais. Voltei pensando na próxima viagem, planejando roteiros e descobrindo que a vontade é conhecer cada cantinho do mundo, aquele mais longe e mais inusitado especialmente. E como “IR” é grandioso, permissivo e libertador. É dar-se chance. Costumo dizer que são os melhores presentes que pude me dar.
Paixões em Amsterdã, Holanda

E meses se passaram, vontades foram e vieram, conversas, sonhos e um dia comum em um simples bate papo a minha vontade resolveu se manifestar “eu quero passar um tempo longe”. E com isso começaram os planos, as conversar e aquelas tentativas de deixar claro que você não é maluco e que sua decisão é mais sensata do que parece (no meu caso, costumo dizer que nunca fui tão sensata, tão lúcida). Meses de aperto para economizar, de planejamento para ver o quanto gastar e em quanto tempo gastar. Mas no meio disso, uma viagemzinha  pra deixar os ânimos ainda elevados!
Dança grega na ferryboat Patras-Ancona

E o dia do primeiro mochilão além férias (até porque me demiti hahaha) chegou. E superou todas as expectativas. Estou aqui um ano depois (há um ano estava lá na Europa) ainda colhendo frutos de tudo que aprendi naqueles dias e pensando em tudo que poderei aprender nos próximos. Viajar me ajudou a encontrar um novo rumo, como diz uma linda música do trio Calle 13 de Porto Rico La renta/el sueldo/El trabajo en la oficina/Lo cambié por las estrellas/ Y por huertos de harina/Me escapé de la rutina/Para pilotear mi viaje/Por que el cubo en el que vivia/Se convirtió en paisaje/Yo! era un objeto/Esperando a ser ceniza/Un día decidi hacerle caso a la brisa.” (La Vuelta El Mundo – Calle 13).

Big Ben, Londres.
Viagens podem te permitir ir longe, nesse mochilão acho que efetivamente comecei a nascer como fotógrafa (e olha que minha estrada ainda é longa, muito que aprender). Comecei a (re)nascer como pessoa, como filha, mulher, amiga e tudo mais. Não sei se está no meu gene wanderlust essa aptidão por encarar as mazelas que mochilar e conhecer outros países de uma forma mais simples, até porque pra mim o maior perrengue do mundo é compensando pelas inúmeras coisas maravilhosas que acontecem ao longo da estrada, talvez isso seja a mágica da saída da zona de conforto. E desde que voltei (e viajei mais um cadinho como podem ver nos relatos aqui no blog) a busca é exatamente por isso, pela “não zona de conforto”, é trazer para o dia a dia de onde você mora essa magia e continuar expandindo nas próximas viagens, por que o fluxo não pode parar, não é? É paixão daquelas arrebatadoras, não dá pra parar!

E vocês que estão aí lendo? Quando começou sua história com as viagens? Desde cedo? Mais tarde? O que as viagens trouxeram pros seus dias??? Tô aqui esperando vocês me contarem heeeein???? J


E vamos seguindo...até o próximo post, galera!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Um pouco de Rio de Janeiro - Parte 1: Itacoatiara



Vista da Enseada do Bananal - Itacoatiara

Ainda tenho planejado alguns posts relacionados ao mochilão que fiz e outras cositas más que nós mochileiros gostamos de conversar, mas vou abrir um espaço aqui para falar do Rio de Janeiro e alguns dos muitos encantos que ecnontramos nessa cidade e seus arredores. Apesar de toda loucura de cidade grande, temos alguns momentos de tranqüilidade seja na praia ou em contato com a natureza.

Mais um pouco das vista
E como a mochileira aqui é carioca e as viagens estão temporariamente de stand by por agora, nada como falar desse lugar tão visitada por brasileiros e gringos de tudo quanto é canto. Um fato muito engraçado durante o mochilão é como o Rio de Janeiro é referência de Brasil por muitos cantos desse mundo. Perguntam de onde você é e quando você responde Brasil logo ouvíamos “Copacabana”, “samba” e até tristes “tem que sambar de biquíni aqui pra mim”. E essas, ao lado do futebol, são sempre as primeiras tentativas de mostrar “conheço seu país” que as pessoas nos deram.

Rapel
Bom, mas como não falta coisa boa e bonita pela cidade do Rio e ao redor, nada mais justo de que fazer uma série para falar um pouco desses encantos e das diversas possibilidades de diversão que encontramos por aqui. E começo a série falando de um cantinho de Niterói (ou Nikity, como carinhosamente chamamos) o Parque Estadual da Serra da Tiririca em Itacoatiara. Lá você pode fazer a trilha para o Costão e ter uma linda vista ou ir para Enseada do Bananal e fazer Rapel na Garganta do Bananal com uma vista lindíssima!

Eu tive o prazer de fotografar no último final de semana, o evento de Rapel com a Vivi Trilhas (numa parceria com Lavoyer Adventure), guia de turismo que você tem que conhecer se vier ao Rio! Dessa vez não tive coragem de fazer o rapel, mas a vontade ficou beeeem grande! Com uma linda vista, e uma trilha super tranqüila de chegar (e com ar puro pra respirar) é mais que válido se aventurar por lá no Rapel! Uma equipe super competente que deixou as meninas super seguras durante a execução do treinamento e durante o rapel de 30 m também (por isso a vontade de fazer ficou grande hehehe). Gente competente, simpática, que além de dar toda devida segurança ainda garante um dia de aventuras beeeeem divertido!

Rio de Janeiro visto das barcas.

E pra fechar o passeio, na volta pra casa, a vista que se tem do Rio em Niterói é belíssima, deixando qualquer fim de tarde ainda mais lindo. Voltei nas Barcas (Niterói-Rio) olhando essa cidade e seus belos contornos!

E você, está vindo pro Rio? Quer sair do eixo praia - monumentos famosos? Quer curtir um pouco das belezas naturais, do verde do Rio? Então, eu super indico Vivi Trilhas. Acompanho ela desde sua formação como guia de turismo e sei o quanto ela é apaixonada por isso! Quer saber mais sobre ela e os eventos que ela proporciona? Só dar um pulinho no site: http://www.vivitrilhas.com.


Até o próximo post, galera! J