Veneza |
E chegamos ao final e à melhor parte da viagem: Verona. E não por monumentos ou pontos turísticos, mas por todo amor que recebemos! Em Verona, foi o reencontro com meus irmãos italianos que a JMJ 2013 me deu. E depois da estadia um tanto desconfortável, ser cuidada por pessoas que você gosta não tem como não ser maravilhoso, não é? Passamos 6 dias em Verona e de lá fizemos bate e volta em Veneza e Padova, também faríamos um bate volta em Milão, mas acabamos desistindo.
Verona
Castelvecchio |
A fofíssima terra de Julieta, Verona é um encanto. Sem tumultos, não é
destino de muitos turistas, mas é uma opção pra quem quer conhecer o charme de
uma cidade italiana tranquila. Como os trens italianos não são os mais
pontuais, chegamos um pouco mais tarde do que imaginávamos e meu fratello Mattia que foi nos buscar, não
estava na estação de trem nos esperando. Aí era um tal de tentar conectar wifi
e nada...bom, meu outro fratello
Giacomo ligou e avisou para Mattia que já estávamos por lá. Da estação fomos
levadas para o liiindo bed & breakfast Fior
di Maggio em Pescantina, e depois
de tudo ajeitado, fomos jantar com toda família de Mattia no restaurante que
ele trabalha Miralago em Pastrengo.
Uma vista linda, comida e sobremesas excelentes (não esqueço o risotto
maravilhoso que comi lá) e um ótimo vinho em boa companhia, o que mais
poderíamos pedir? Me perdi em tantos pratos: antipasto, primo piatto, secondo piatto, contorno, frutta, dessert, café e digestivo. No
segundo prato, eu já estava satisfeita e até me assustei quando vi eu ainda
tinha mais. Tudo tão delicioso que dava vontade de ter uns 3 estômagos pra aguentar bem hahaha.
Casa de Giulietta |
No dia seguinte,
fomos conhecer o Centro de Verona com os dois fratelli. Começamos pelo Castelvecchio, um castelo medieval que
hoje funciona como museu. Foi nosso ponto de encontro com Giacomo e de lá
seguimos por todo Centro de Verona, passando pela Piazza Bra e Portinni della
Bra, a principal praça de Verona. Dali seguimos pela Arena de Verona, local que
hoje abriga shows na região, passando pela Piazza dei Signori, onde tem uma
estátua de Dante Alighieri. E então chegamos à famosa Casa de Giulietta. E estava super cheia, de
românticos colocando cadeado, fila pra tirar a clássica foto com a mãe no seio
da Julieta (dizem que dá sorte no amor) e acabamos não escrevendo nossa carta
para deixar lá, e seguimos para a Porta Borsari, um belo portão romano perdido
em meio à arquitetura mais recente. E terminamos o passeio na Gelateria Savoia,
a mais antiga de Verona, onde comemos o tijolo “La Mattonella”, um doce com
sorvete muito gostoso e é o melhor da casa. Tudo muito perto mesmo. Ok, eu
conheci Roma a pé, mas aqui a distâncias são realmente pequenas e muito fácil
de se conhecer. Um pouco longe de onde ficamos hospedadas, mas estávamos de
carro com a nossa famiglia italiana.
Dante Alighieri - Piazza dei Signori |
Nos outros dias,
nossos passeios foram bate e volta em Veneza e Padova, mas falo melhor sobre
cada um mais abaixo. Pulo aqui para outro dia de passeio por Verona, numa
região já mais distante do Centro, onde tem o Lago di Garda, lindíssimo!
Primeiro conhecemos o castelo de Rocca Scaligera, onde tivemos uma vista
lindíssima do lago, infelizmente não pudemos nadar, pois estava chuviscando e
fresquinho, então terminamos o dia com gelato, pizza e boa conversa. No dia
seguinte, fomos para Caldiero conhecer a família de Giacomo e ficar uns dias
por lá.
Lago di Garda |
Esses dia forma
muito especiais. As famílias Fornaser e Lissandrini foram tão carinhosas e
atenciosas com a gente, que nem há como falar de tamanha gratidão. Mesmo com as
barreiras lingüísticas (poucos falavam ou entendiam inglês) tudo fluiu muito
bem. Passamos uma noite rindo, comendo tiramisu e bebendo vinho, falando
português, italiano e algumas poucas palavras em inglês que o papà entendia (a mamma falava só italiano mesmo). Nossos fratelli nos levando a todo canto, nos apresentando aos seus amigos
e sem esquecer da Paola que mais parecia uma mamma do que dona do bed&breakfast. Cuidava de tudo, preparava
nosso café da manhã com tanto carinho. Esse era só o início da parte mais
incrível de toda a viagem: as pessoas!
O que não fiz em
Verona: Anfiteatro de Verona e Igreja de Santa Anastácia.
Veneza
Não importa o quão bom seja seu senso de direção, sua leitura de mapas,
não se iluda: você vai se perder em Veneza. A cidade no verão fica lotadíssima,
mas isso não faz com que ela peca seu charme. Seus becos, suas gôndolas, suas
máscaras de carnaval, suas pontes e tantas coisas mais. Certamente um dia é pouco
para Veneza, mas aproveitamos o máaaaaximo que pudemos!
Basílica de São Marco |
Chegamos, abrimos o mapa e seguimos a direção que achávamos certa, para
chegar a Piazza San Marco. Entramos
em muitos becos, em lojas de máscaras de Veneza e de coisas(tem tudo de Murano),
passamos pelo Cassino, Igrejas e um considerável tempo depois chegamos na praça
e fomos para fila de entrada da Basílica. Como eu estava de vestidinho, tive
que pagar 1€ naquele pano pra cobrir minhas pernas (lembrem-se: que se tem
intenção de visitar igrejas, muitas delas não deixam entrar de roupas curtas,
decotes e afins). Depois passamos um tempo pela praça, vimos o Campanário de San Marco e passamos pelo Palazzo Ducale e começamos a curtir as muitas
de pontes de Veneza, passamos pelo Canal Grande, Igreja Maria Gloriosa dei Frari, Igreja San Giovanni in Bragora e outras igrejas que acabei não gravando o
nome.
Rialto |
Depois de tanto andar, a fome bateu. Seguimos nosso caminho para Rialto
olhando os restaurantes e a maioria com preços nada mochileiros. No final das
contas, acabamos achando a Università
IUAV di Venezia em alguns dos momentos “perdidas nas ruelas de Veneza” e
comemos na lanchonete da universidade. De lá seguimos para Rialto, passamos
pelo belíssimo Museu da Música (que já foi uma igreja) e somente do lado de
fora da Galerria dell’academia (como já fomos em Florença, optamos por não ir
em Veneza) e enfim apreciamos a bela vista da ponte de Rialto. E já era hora de
ir embora, e voltamos à estação de trem ao som dos cantores das gôndolas e
apreciando mais um pouco Veneza.
Como chegar: Como estávamos em Verona, pegamos o trem e descemos na estação Venezia
Santa Lucia, pois está é a que nos deixa ali no “centrão” de Veneza. Se for de
trem, essa é sua estação e não a Venezia Mestre. Mal me recordo mas a ida e
volta saiu em torno de 20€.
O que não fiz em
Veneza: Palazzo Ducale (só por fora), Museu Correr,
Galerria dell’ academia (passamos por ela),Colezzione Peggy Guggehein, andar de
gôdola e ir a Murano e sua Fábrica de Vidro Anfora Murano.
Padova
O bate e volta em Padova foi apenas para conhecer o lindo Santuário de
Santo Antônio de Pádua. Infelizmente não podemos tirar foto em seu interior, mas
ele é lindíssimo e com uma energia inexplicavelmente boa! Respiramos pura PAZ ali. Foi perfeito pra
recarregar as energias pra continuar a viagem. E no caminho, tinha uma pequena
e simples doceria e não resistimos. É, a Itália é um país que engorda!
Santuário de Santo Antônio |
Como chegar: Também fomos de trem, é super fácil, só descer na estação Padova e pedir
um mapa na informação ao turista. Acho que ida e volta custou uns 15€.
É hora de dar tchau!
A despedida de Verona foi de coração apertado. Cercado de pessoas
incríveis, de amor e um local tão de paz, esses dias são daqueles que nunca
fogem da memória. Final da tarde pegamos um trem pra Roma e lá ficaríamos até
de manhã no aeroporto, onde minha irmã voltava pra Rio enquanto eu e minha
amiga seguíamos para Atenas, então imagina o turbilhão de sentimentos.
Estávamos na casa do Giacomo, mas Mattia e família também foram nos esperar na
estação de trem. “Sorte” que nossa despedida foi um pouco corrida e não deu tempo
de chororô.
E assim foi Itália, Itália foi férias, foi brincadeira, foi amor, foi
sonho. O mochilão começa pra valer agora, com uma dificuldade aqui, outra lá,
mas tudo possível de resolução. Próxima parada: Atenas e Santorini, Grécia.
Como Chegamos: Trem
Transporte pela cidade: Trem e carro (dos meus fratelli italianos)
Estadia (6 noites): Ficamos 4
noites de cortesia no Bed&Breakfast Fior di Maggio, da queridíssima Paola
Peretti, amiga da família do meu fratello Mattia. E 2 noites na casa do meu
outro fratello Giacomo.
Gasto Gerais: Vou ficar
devendo, pois deslumbrada na Itália acabei não anotando meus gastos básicos
depois de Roma.[4]
Fotos da Itália no
meu Flickr:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656885166298
Obs: Pontualidade não é o forte dos trens italianos.
Esse pedaço da Itália é muito massa! Adorei o relato e as fotos! Tenho uma amiga que estava morando perto de Pádua e me falava de como eram as coisas por lá, adoro ver fotos desse canto da Itália! =)
ResponderExcluirÉ realmente um cantinho especial da Itália! Lindo, cheio de gente acolhedora...ok, sou suspeita pra falar de Itália! ahhaha Obrigada :)
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