segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Indescritível Machu Picchu


A linda, maravilhosa, breathtaking Machu Picchu

Frio? Imagina! Só 0°C no primeiro dia em Cusco

Antes do ano acabar, tenho que falar sobre uma das viagens mais especiais que já fiz nessa vida, em 2013. E de onde surgiu o amor por mochilar. O meu lugar de paz: Machu Picchu, Peru.
Cusco
Uma viagem, um sonho, novos horizontes e um ponto final, um ciclo encerrado. É...o aniversário só foi no mês seguinte (o meu rs), mas a vida é repleta de outros ciclos, não é mesmo? E havia um a ser completamente fechado, com todos os pingos nos i’s: em Machu Picchu essa primeira etapa de renovação teria seu fim. Ledo engano...já era o início de um novo ciclo, diria até uma nova vida!
Eu e minha amiga-irmã Juliana em Cusco
Dia 05 de agosto de 2013: minhas primeiras férias de verdade, ansiadas desde o primeiro estágio. Primeiras férias com grana, primeiras férias com viagem planejada para um lugar dos sonhos: Cusco, Peru. Em 7 de agosto de 2013, vôo as 5:59 da manhã, algumas escalas e por volta das 18hrs local (2 horas a mais que o horário de Brasília), eu e minha amiga Juliana estaríamos  em Cusco (ou Cuzco), Peru.
 Qoricancha
Vôo de madrugada. Mudança de um dos vôos no dia anterior, ok uma conexão não vai dar certo. Respira fundo, vamos fazer o check in e ver no que vai dar. A companhia aérea não nos deixou fazer o check in justamente por causa do horário, perderíamos uma das conexões, a pergunta é: porque na alteração de um vôo, já não foi checada a compatibilidade dos horários? Ok, viagens que começam com emoção são sempre melhores! Check in, mala despachada...agora é aguardar o primeiro vôo: Rio-São Paulo (depois São Paulo-Lima e Lima-Cusco, Ufa!).
Águas Calientes
 Ao final da tarde, chegamos ao aeroporto de Cusco (tão pequeno que parece uma rodoviária). Pegamos um táxi para ir ao hostel e o taxista já tentou nos enrolar e conseguiu: cobrou 15 dólares de uma corrida que depois descobrimos era 15 soles...Taxistas “espertos” existem em qualquer país. Chegamos ao hostel, deixamos nossas coisas e fomos dar uma volta na cidade e fazer câmbio. Buenas tardes, soroche! Logo de cara a altitude me pegou (3400 metros), nariz ardendo demais, muita dificuldade de respirar e qualquer passo dado parecia ter sido uma maratona. Para evitar que o episódio se repetisse, chá de coca todo dia de manhã, misturado com chá de erva doce pois o gosto é muito ruim!
À caminho de Águas Calientes
Cordilheira *-*
Primeiros dias de adaptação a altitude e para conhecer a linda e fofa cidade de Cusco. Algumas ruínas belíssimas por ali (muito bom o passeio ao Museu Convento Santo Domingo). Mas vamos ao que mais importa, sábado dia 10 fomos para Águas Calientes de uma forma diferente: de van. O passeio comum de trem estava por volta de 250 dólares (sem hospedagem) e conseguimos um pacote com tudo (incluindo refeição) por 150. E aí já começa a aventura.
Saímos de Cusco por volta das 8 da manhã e entre muitas curvas, duas montanhas, passar pertinho da Cordilheira e motoristas completamente loucos (estilo piloto de fuga), chegamos à Hidrelétrica Machu Picchu às 15hrs. Dali para Águas Calientes andamos pouco menos de 3 horas, isso porque o guia disse que era “logo ali”. O corpo estava destruído mas o dia seguinte era “O” dia e começava bem cedo: as 4h30 da manhã.
Águas Calientes
Um céu absurdamente lindo, o qual era impossível fotografar com alguma fidedignidade: estrelas lindas e brilhantes junto à montanha. Que o caminho seria longo nós já imaginávamos, mas não era possível prever aquela subida pela escadaria. As 5hrs ingressamos no parque: muitos degraus irregulares, joelho sofrendo, dificuldade pra respirar, coração palpitando e frio (temperatura de madrugada deveria estar por volta dos 5 ou 6 graus com sensação térmica menor) mas estávamos PINGANDO de suor! E dividir o sofrimento com pessoas de toda parte (e sempre muitos brasileiros, ô povo pra estar em todo lugar hahaha), em qualquer língua os sorrisos cansados e as respirações profundas se acompanhavam ao longo da subida. Por volta das 6h30 estávamos (finalmente!!!!!!!!!!!) na fila para entrar no Santuário e Parque Arqueológico de Machu Picchu.
A íncrível Cidade Perdida
Ao entrar, não há dúvidas de que cada pingo de suor valeu a pena. É difícil definir com palavras a sensação de estar naquele lugar, escutar as histórias sobre os quechuas que construíram aquela cidade perdida para os reis incas. A tradição é totalmente oral, sem registro e permanece viva em cada quechua, como muitos ainda se denominam. Cidade que certamente nós ainda temos o prazer de ver porque durante a colonização espanhola não foi achada.
Valle Sagrado
Não é considerada uma das maravilhas do mundo moderno à toa. Inteligência e autossuficiência definem aquela construção, que há mais de 500 anos já tinha como preocupação a possível destruição dos templos e moradias por abalos sísmicos.
Piscac
O povo quechua construiu a cidade naquela altitude (2.400 metros) para se sentir mais perto de seus deuses. E essa é a sensação que se tem ali, de estar perto de Deus, de estar perto de uma força, de uma paz que não cabe a mim explicar. É algo que se sente e pronto, por isso vale todo esforço, toda aventura, toda câimbra, toda dor no joelho, todo cansaço, enfim...é como se ao chegar lá fossemos recompensados pelos sacrifícios previamente feitos para ver aquelas montanhas, aquele verde e toda aquelas arquitetura. E para brindar ainda com louvor esse dia, o Sol não parou de brilhar um só segundo, tornando a vista ainda mais inesquecível.
Chinchero
Não, não é necessário todo esse esforço para chegar em Machu Picchu. Existe trens dos mais diversos valores para chegar à Águas Calientes e um ônibus de 9 dólares que sobe até a entrada do parque. Mas vamos combinar que a graça é um pouco menor né? Andar horas, subir por aquelas escadas faz tudo ficar mais lindo, mais especial. Acredito que para os que fazem a trilha do Caminho Inca, a sensação seja ainda mais gratificante.
Ollantaytambo
Infelizmente, ainda me faltou subir um pouco mais: a Huayna Picchu. Não consegui comprar pela internet e como inverno é considerado a melhor época para ir a Machu Picchu, só haviam entradas para o fim do mês, para essa montanha.  Ok, não fui uma das 400 pessoas que adentraram a Huayna Picchu, mas fui uma das 2500 que sentiu aquela energia maravilhosa de Machu Picchu no dia 11 de agosto de 2013. Um dia voltarei para subir a Huayna e fazer alguns passeios que acabei por não fazer.
Outros passeios por ruínas ali em Cusco e seu entorno (Vale Sagrado) também foram ótimos! Lindos lugares com uma energia super especial como: Qoricancha - Templo do Sol, Ruínas de Pisac, Chinchero (povoado), Ollantaytambo e Salkantay.
Llamitas!
Viagem da vida. Viagem sonho. Viagem inesquecível. Poder estar ali, meditar e se encontrar é um grande presente que a vida pode nos dar. Conhecer diversas pessoas, que por motivos diferentes também sonharam esse momento e estão ali sentindo o mesmo que você é sem explicação, é divino.
Por fim, é algo, na minha humilde opinião, que todos deveriam fazer. Se tiver uma oportunidade, guarda uma graninha e se dê tamanho presente, nossa existência merece momentos de tamanha grandeza, de tamanha beleza. Se não tem vontade de conhecer (acho isso quase impossível rs) veja fotos, leia mais relatos e se convença que essa é uma oportunidade que devemos nos dar: inesquecível e incomparável!

Passagem: R$ 619,07 (Ida e Volta, com taxas)

Estadia: Inka Club Hostel (Che Lagarto na época)  - R$78, 61 (+ o passeio para Águas Calentes com estadia, entrada para Machu Picchu e tudo mais por U$100,00, que não lembro a cotação na época hahaha)

Mais fotos no Flickr:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/sets/72157656931308805

OBS: Texto publicado anteriormente no blog da minha amiga Viviane Rosa: http://vivianerosatrilhas.blogspot.com.br/2013/08/machu-picchu-pelo-olhar-de-um-anjo.html

OBS2: O conteúdo aqui escrito sobre esse maravilhoso povo foi o que os guias nos disseram durante os passeios, e como se trata de uma tradição oral, sem registros escritos, haverão falhas com versão ouvidas por outras pessoas, correto?


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Ho Ho Ho Feliz Natal!!!!!!!


Devido à data que celebramos, adiantei o post para hoje! Que a noite de Natal de todos tenha sido repleta de muita LUZ, AMOR e UNIÃO e que esses sentimentos permaneçam por tooooodo ano que já está ali batendo na porta, doido para nascer! E de presente? Um montão de viagens para 2015, cheias de histórias pra contar, o que acham?  J

Beijos e Boas festas à todos!

Superlua em Nice, França. Agosto de 2014.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Aaaaah 2014!

“E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida

Encontros e Despedidas – Milton Nascimento

Estação de trem em Fátima, Portugal. Agosto/2014
E não é que Milton Nascimento tem toda a razão? E assim foi meu 2014, um ano de encontros e despedidas, de escolhas, de abrir mão, de ir, de dizer até breve sabendo ser adeus, de chorar de saudade, e muito vai e vem em estações de trem e aeroportos, de novas amizades e suas novas saudades. De um retorno de quem chegou não é a mesma que partiu.
Não há palavras para definir um ano tão incrível. Largar tudo e ter um tempo pra mim foi a melhor decisão que tomei esse ano. Assumo que queria mais um pouco, e por isso não faltam motivos para sonhar com o dia que colocarei a mochila nas costas de novo e sairei por aí. Como disse na aba “Sobre a mochileira e suas idéias” (http://ideiasmochileiras.blogspot.com.br/p/sobre-o-blog.html), nesse ano sabático, larguei meu emprego para passar 3 meses viajando pela Europa. Foram 11 países, muitas cidades e histórias que vou contar aqui no blog. E faria tudo de novo. Foi uma das melhores oportunidades que me dei na vida, conhecer tantas pessoas diferentes e entender suas perspectivas através de suas culturas e tantas outras coisas mais.
Vaticano. Junho de 2014.
Santorini, Grécia. Julho/2014.
Sim, dói estar longe de quem se ama. Mas é extremamente recompensador quando você abre mão e se joga numa aventura. Você não tem opção é crescer ou crescer. Pra mim, é daquelas oportunidades que todo mundo deveria se dar uma vez ou outra. Eu já penso quando me darei um presente desse de novo! Mesmo com a distância física, o amor que se recebe é algo imensurável. Se eu já sabia que tinha os melhores comigo, só pude reforçar isso. E amor expande, galera! O que mais encontrei em 3 meses de viagem foi amor. É o que se recebe quando estamos em estado de plena gratidão, como diz meu amado Guruji:

“Quanto mais agradecidos nós somos por qualquer coisa que temos em nossas vidas, mais bênçãos vêm em nosso caminho”Sri Sri Ravi Shankar

Ilha Grande, Rio de Janeiro. Setembro/2014.
E esse é o sentimento mais latente quando avalio 2014: gratidão. Cada caminho, cada escolha, cada encontro, cada despedida, cada lágrima, cada sorriso, cada abraço, cada beijo, cada manifestação de amor. Eu saí de casa preocupada sobre como me comunicaria com minha mãe, e durante a viagem ela me surpreende aprendendo a usar Facebook e curtindo cada momento meu, escrevendo pra mim e o mais importante, sendo feliz e grata por aquele momento. E esse é só um dos exemplos das maravilhas vividas. Estar longe te aproxima de tudo que está dentro de você e na rotina, você não vê. Estar longe te deixa mais perto de quem realmente quer você por perto. Desapegar permite que amemos com mais liberdade.
Praia do Jacaré - João Pessoa, Paraíba. Novembro/2014
Esse post dedico à família e amigos. Mesmo me achando um pouco louca rsrs, me apoiaram e viveram comigo essa experiência. Hoje, amo cada um de vocês ainda mais. Gratidão por todo amor que me deram, por todo cuidado, carinho, orações, preocupações e tudo mais. Sem vocês, seria um pouco mais difícil fazer certas escolhas, mas tendo esse porto seguro fica um tanto mais fácil navegar. E aos novos amores que a vida me deu nessa jornada. Gente tão linda, que mesmo distante sempre guardarei aqui no coração, o que nós vivemos ninguém pode nos tirar! Gratidão a Deus que cuidou de cada caminho, à JMJ que me deu dois irmãos italianos e à Arte de Viver que me deu amigos pelo mundo!
Agora vem 2015...então, vamos aprontar mais um pouco, ok? Tem muito mundo ainda pra conhecer nessa vida. Bora lá? =)
Beijo no coração de todos! 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Um doce de ilha: Ilha do Mel

 Como o réveillon está chegando o post é uma dica caso você ainda não saiba onde passar as festas de final de ano, e achar alguma vaguinha por lá, a Ilha do Mel é uma ótima pedida! Esse texto é um relato de viagem que já publiquei no mochileiros.com (com algumas mudanças, é claro). Praia, paz, good vibes...precisa de mais alguma coisa?
Vista da pousada Dona Clara
A Ilha do Mel é um pedaço lindo e charmoso do litoral paranaense. Ilha da fantasia, assim chamada por uma ilustre cidadã curitibana Rosemary que cruzou nosso caminho na ida para lá, e já nos mostrou que seria uma viagem de muito riso e alegria. Uma grandeza de beleza, uma simplicidade encantadora e um prana elevadíssimo! Melhor lugar para recarregar as baterias e começar 2014, impossível! 
Chegando na Ilha a noite, dia 28 de dezembro.
Dia 28 de dezembro de 2013, saímos do Rio (eu e mais 3 amigas) num caloooooor daqueles e torcendo para a previsão do tempo de chuva para Ilha do Mel estar errada. Quando chegamos a Curitiba, uma leve desilusão: chuva, muita chuva. Mas nosso destino era há duas horas de lá e a esperança permanecia. Partimos para a rodoviária e uma fila enooooorme e o pensamento "Geeeente que horas vamos chegar lá?" Uma hora na fila e pegamos o ônibus que ia sair a 10 minutos, 14h30. Run, baby, run!
E lá fomos nós, correndo, animadas e sem saber que pegaríamos um trânsito daqueles. É feriado, é réveillon, e como em todo o resto do Brasil, temos engarrafamento para o litoral. Levamos cerca de 5 horas para chegar na Ilha.  Foi um dorme, acorda, ri das histórias da Rosemary, conta as horas pra chegar...e por volta das 19h30, chegamos! 
Praia do Farol
Pegamos o barco...chegamos em Brasília, nossa pousada ficava em Fortaleza, não tínhamos nenhuma ideia de distância....o taxi náutico já tinha encerrado suas atividades e nossa pousada ficava  há 4 km do trapiche de Brasília. Malas na areia? Sim. 4 km de “para um pouquinho, descansa um pouquinho” com malas, na areia (que boa parte da faixa de areia não era fofa, amém!). Começou a escurecer, mas uma das minhas amigas tinha uma super lanterna (a minha do camelô também boa, por sinal) e lá continuávamos, querendo largar tudo e dormir na praia. Quase às nove da noite, chegamos a pousada (Dona Clara, o nome) e fomos recebidas com muita fofura, já compensando tamanha andança. 
Vista do Farol das Conchas
Devidamente descansadas, no dia seguinte fomos de fato compensadas pela longa do dia anterior caminhada: que visual! Sair do quarto e já ver o mar...pode viver lá pra sempre? O Sol reinou em nossa estadia, iluminando nosso caminho para conhecer cada canto lindo que possui aquele lugar. Primeiro dia para aproveitar! Lá fomos nós caminhando pela Praia de Fortaleza, Praia do Istmo, Praia de Fora, Farol das Conchas e Praia do Farol. Tudo isso com direito a um pouco de caminhada, um pouco de mergulho (numa água linda e de temperatura perfeita)...ai ai...vida no paraíso!
Para caminhar a noite, só com lanternas, e tínhamos super lanternas! Porque não há iluminação pública na ilha. A primeira noite aproveitada andamos muuuuuito, por sinal. Fomos até praia grande, já que disseram que lá “bombaria” e o que bombou mesmo foi nossa caminhada. Ainda bem que estávamos bem equipadas de luz.
Passeio na Baía dos Golfinhos com André Mariano
No dia seguinte fizemos um passeio pela Baía dos Golfinhos. Passeio de barco o dia inteiro (sem esquecer nossa caminhada diária de 4 km da pousada até a Brasília e vice-versa), com paradas para mergulhos (em um deles brincamos com lama e no outro fugimos de água-viva). Passeio até a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, com direito a ver golfinhos e a muitas histórias bem contadas por André Mariano, grande figura e grande pessoa que organiza esse passeio na alta temporada.
No dia seguinte, fizemos um bate e volta em Encantadas, para conhecer pelo menos um pouco a outra parte da Ilha. Fomos a Gruta das Encantadas e a Praia da Gruta. A gruta estava lotada de pessoas fugindo do sol naquele dia super quente. Como era dia 31 e tínhamos nossa esperada noite de réveillon, foi um dia de exploração mais leve da ilha e não exploramos muito Encantadas.
Gruta das Encantadas

Dia 1 de janeiro de 2014, dia de despedida com coração apertado: vontade nenhuma de largar aquele paraíso. Se despedir da praia, de todas as coisas boas que vivemos lá, da pousada mais fofa que já me hospedei na vida...mas levando a ilha com a gente. Aquela energia, aquela paz estão na alma e prevaleceram o ano todo. Fica a vontade de voltar e a memória de dias lindos e bem vividos. 


Passagem: Rio-Curitiba (Avião - Ida e Volta): R$ 364,14
                  Curitiba-Ilha do Mel(Ônibus - Ida e Volta): aproximadamente R$40,00

Estadia: Pousada Dona Clara - R$ 500,00 (aproximadamente)

Mais fotos no Flickr: 
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656702293800


OBS: Se tiver uma mochila cargueira, é melhor ir com ela do que com mala de rodinha. #ficaadica
OBS2: A Ilha do Mel é totalmente roots. Se essa é sua praia, vai fundo ;)

Link do texto no Mochileiros.com: http://www.mochileiros.com/reveillon-no-paraiso-ilha-do-mel-pr-t93990

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Viajar é encontro

Viajar é muito mais do que simplesmente conhecer outras terras, outros povos, outras culturas. Viajar te faz olhar pra dentro e descobrir novos limites, novos horizontes. E geralmente, descobrir curvas na alma jamais exploradas. E curvas que podem (e irão) tornar sua vida muito mais bonita, muito mais colorida.
Pátio de uma Universidade em Cuzco - Peru
A viagem te enriquece duplamente, por tudo aquilo que você vê e guardará na alma e na memória pro resto de seus dias e ainda proporciona um momento onde você é sua melhor companhia (mesmo quando estamos muito bem acompanhados), suas descobertas, suas redescobertas...acho que podemos ser outros depois de viagens. Talvez não todas, mas muitas tem esse dom de nos transformar. O olhar sobre a vida muda. O olhar sobre suas escolhas muda. O olhar que você tem de você mesmo muda. Às vezes precisamos ir longe para saber o que realmente queremos da vida, como queremos desenhar nossos dias, traçar nosso caminho. De longe, parece que nossa visão fica mais ampla, mais nítida. O colorido da vida vem desses momentos em que encontrar a si mesmo é resposta de prece, é resposta divina.

Santuário de Machu Pichu
Ilha do Mel - Paraná
Algumas viagens são sonhos que por muito tempo passam em nosso coração e pensamento. E de lá, saímos com mais sonhos, coração mais latente em busca de novos caminhos ou novas aventuras. A vida não é mais a mesma e teremos que rever e remontar nosso quebra cabeça: vale a pena fazer algo que não nos deixe totalmente felizes? Sim, você questiona seu cotidiano, seus relacionamentos, seu emprego...tá tudo encaixando? Seu coração está alegre? É hora de tomar novos rumos, prezar por outras escolhas? Perguntas...perguntas...Viajar proporciona respostas, não é mesmo? E quem disse que respostas não geram novas perguntas?
Coliseu - Roma, Itália

E assim vai um ciclo. Um novo modo de lidar com os ciclos da vida diria eu. Vivemos de ciclos, de transformações, somos e merecemos ser essa eterna inquietação que busca pela nossa melhor versão, pelo melhor que podemos doar de nós mesmos e o melhor que podemos fazer, em todos os campos de nossa vida. TODOS. Sem exceção.
Parte de Muro de Berlim - Alemanha
Todo viajante, de primeira viagem, ou de muitas, está em busca de tornar mais prazerosa a inquietação que ocorre dentro de si. Parece que alma nasceu pra conhecer diversos lugares, se encontrar em diversos pedaços do mundo. Não que nosso lar (país/estado/cidade de origem) não nos permita isso, mas é que existem outros lugares que podemos nos encontrar, então que seja tanto aqui quanto acolá. É tanta beleza, tanta gente, tanta troca pra se viver. Não é obrigatório, mas quem tem essa inquietação jamais deve parar de alimentá-la.

Amsterdã, Holanda
Londres, Inglaterra
A todo o momento, é tão direito quanto dever encontrar nossa própria felicidade, escrever nosso caminho com letras bonitas e céus azuis, com sol latente ou estrelas brilhantes. Algumas almas são mais pacatas e outras são mais investigadoras, ambas podem ser transformadas por viagens. Qualquer alma pode tornar diversos lugares pontos de encontro entre o sagrado e o profano de si mesmas.
Que possamos viver nossas mudanças. Que nossas respostas nos abram cada vez mais as asas. Voar é preciso. Ser livre está aquém de definição. Não há receita para chegar à liberdade, cada individuo tem seu jeito de voar e de encontrar a si mesmo, unânime é só o direito de ser livre, de não ter pelo caminho nada que nos pare.

Louvre - Paris, França
O amor é livre e perpassa toda e qualquer área de nossa vida. Quem não ama o que faz, com quem vive, não tem brilho nos olhos, não vive a liberdade. Que possamos voar cada vez mais alto, com cada vez mais verdade e a felicidade jamais nos abandonará. Felicidade é escolha e não é feita só de momentos alegres, é uma construção onde há dias mais cinzas e dias mais azuis.  Sejamos livres. E como diz Papa Francisco: “sejamos revolucionários: sejamos FELIZES.”

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Mi Buenos Aires Queriiiiiiido!

A viagem é antiga (2010), de uma época na qual ainda não fazia ideia de que gostaria mais de viajar de mochila do que de mala e tantas outras coisas mais. Deixando de lado a nossa rivalidade com nossos vizinhos, Buenos Aires é uma cidade fofa demais para passar batida. Comida boa, passeios bacanas, uma bela arquitetura do século XIX, que proporciona um “ar europeu” à capital portenha, e ela, é claro, a Mafalda!
Fui passar o feriado de Nossa Senhora Aparecida lá (12 de outubro) e não sabia que na mesma época havia um feriado na Argentina, que no ano de 2010 caiu no dia 11 de outubro, o Día Del Respeto a La Diversidad Cultural (Dia da Raça), o que me fez compreender o porquê da cidade estar relativamente vazia e da Calle Florida estar fechada no dia que resolvi ir conhecer a famosa rua das compras.

La Casa Rosada
Comer é algo que você não pode deixar de fazer em Buenos Aires. A famosa Parrilla, bife de chorizo, as papas fritas, dulce de leche, empanadas, sorvete de dulce de leche. Eu cometi apenas um crime, na correria de poucos dias esqueci com-ple-ta-men-te das empanadas enquanto comia sorvete de dulce de leche a qualquer hora hahaha. Come-se bem e por um preço muito atraente, não me recordo o quanto gastei mas conversei com amigas que foram recentemente à Buenos Aires e comer ainda é bom e barato! Eu amei a Freddo, mas achei uma outra sorveteria lá tão boa quanto, mas 4 anos depois já não lembro o nome. Dulce de leche granizado, o melhor sorvete pra mim! Hummmm...

Dos passeios mais comuns, não fui ao Lujan (não, não acho muito bacana esse zoológico) e Colonia Del Sacramento (fica no Uruguai mesmo, mas pode-se fazer um passeio de barco pelo Río De la Plata) por ter ficado apenas 4 dias (na prática, 3 dias e meio).
La Bombonera
Muitos me disseram que andar de táxi era super barato e a melhor opção na época, porém andei mesmo de metrô e poucas vezes de ônibus por lá e ambos me atenderam bem. Comecei os passeios pelo Obelisco (no cruzamento das avenidas Nove de Julho e Corrientes). Nesse dia, ao pedir pra alguém tirar uma foto minha, a pessoa pediu dinheiro logo após tirar a foto e o que achei mais curioso é que o rapaz estava vestido de Adidas de cima a baixo, logo pensei “meu caro, acho que você que precisa me dar um trocado hein?” hahaha. Nesse mesmo dia, caminhando passei pela Casa Rosada e alguns monumentos por ali perto. No mesmo dia comi um bife de chorizo muy bueno em San Telmo (com papas fritas, claro!) e fui para Puerto Madero, com sua Puente de La Mujer e a Fragata Presidente Sarmiento que é beeem bacana! Trata-se de um navio agora museu e que foi o primeiro navio-escola dos hermanos lá pelos anos de 1899.

Em Caminito
O dia seguinte começou em La Bombonera, e por motivos de pão-durice minha e do meu ex namorado não entramos no estádio (sim, garoteamos. Não sabíamos viajar.). De lá segui para Caminito, para conhecer o bairro portenho mais fofo e colorido, onde comi parrila e vimos tango por todos os lados (e sósias do Maradona também). Segui para Recoleta, onde tem o famoso cemitério, onde não agüentei ficar mais de 10 minutos ...cemitério é cemitério e não curto muito estar neles, não é mesmo?! Continuei o passeio por Recoleta e terminei na Floralis Geberica.
Com a Mafalda!!!

Mais um dia e dessa vez foi para ficar no bairro onde estava hospedada, San Telmo. Com sua feira fofíssima, passei praticamente o dia todo andando de um canto a outro da feira e com vontade de levar tuuudo que se vê pela frente! E em seu caminho temos a Mafalda liiiiinda! Nesse mesmo dia, tentei ir ao Jardim Japonês, mas como é um pouco distante estava fechado ao chegar lá!
Para o último dia ficou o lindo Jardim Japonês, é bom chegar cedo lá e caminhar tranquilamente apreciando a belexa do local. Muita cor, muito verde, muitos peixes coloridos. Para completar o último dia de passeio por Buenos Aires, passei pela parte da Avenida Nove de Julho ainda não visitada e comprei as alfajores para trazer.

Jardim Japonês
E esses foram os dias pela capital portenha. Muitas caminhadas, com direito escolher o sapato errado e esfolar o pé, com Quilmes, com friozinho (uns 10-15°C, pra carioca lê-se praticamente 0 °C hahahaha) vinho portenho, parrilla, papas fritas, bife de chorizo, alfajor e muuuuito sorvete de dulce de leche! Agora preciso voltar lá como mochileira que sou, visitar o que ficou faltando e conhecer mais um pouco da terra dos nossos hermanos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Iniciando os trabalhos!

Todo mundo gosta de viajar, é claro! Mas chega um momento da sua vida em que as viagens ganham outro significado. Viajar deixa de ser só uma atividade para relaxamento do corpo e mente e passa a ser uma busca de autoconhecimento. E 2013 foi o ano no qual viajar deixou de ser só lazer para ser praticamente um estilo de vida, um “up” nas buscas da alma.

Mário Quintana já disse brilhantemente: “Viajar é trocar a roupa da alma.” E ao começar a saborear essa troca é que veio a paixão, a inquietação e a busca por destinos que envolve tanto sonhos antigos quanto encantos recentes! E a cada nova terra, cidade, estado ou país nasce dentro de nós mais vida, mais vontade de viajar, de se dar um tempo e conhecer bem aquele destino e o que a viagem está fazendo dentro de si. Assim têm sido minhas viagens nos últimos dois anos e elas que me motivaram a querer compartilhar esses momentos, dar dicas, enfim, trocar ideias mochileiras.

Mapa com países nos quais já passei destacados
Quando vejo quantos países fui nesses últimos dois anos penso "ainda tem muito mundo pra conhecer" (E muito Brasil também viu? Eta terra grande!). Esse ano fiz um mochilão pela Europa e algumas minitrips aqui pelo Brasil, falarei dessas e outras trips também queridas em que o sonho mochileiro ainda nem havia acordado, aqui no blog.

Apertemos nossos cintos e vamos seguir viagem, ok? :)


Foto minha em vôo para João Pessoa.
Até o próximo post!