quarta-feira, 29 de abril de 2015

Mochilão 2014 - Espanha - Parte 2: Madri

Monumento Alfonso XII - Parque de el Retiro
A cada passo dado a essa altura da viagem, o pensamento era apenas um: ai ai, nossa aventura está acabando! E se tem uma coisa que aprendi nesse mochilão é: 3 meses é pouco. Sim, muito pouco para a quantidade de cidades que conhecemos e por isso que nosso último mês de viagem foi mais light. Não agüentávamos mais o ritmo de acorda cedo e bate perna o dia todo. Aceitamos o fato de que diminuir o ritmo também nos faria conhecer um pouco menos e o final da viagem (desde a França) foi assim: conhecemos o que der e pronto. Por isso que digo que é importante sim uns dias de descanso no meio da viagem, porque mesmo sendo viagem, mesmo com tantas novidades, o corpo vai cansar em algum momento. E essa é uma dica que deixo nesse começo de post.
 
Palácio Real
Acredito que em Madri nós atingimos o maior nível de “não agüento mais, vou dormir”. Ficamos hospedadas na sede da *Arte de Viver e a pessoa que mora lá estava viajando de férias, ou seja, com uma “casa” só nossa ficamos muito a vontade em não fazer nada! Chegamos sem muitas dicas de direção, mas perguntando a gente acha qualquer lugar, até o mais escondido. Chegamos à noite e nossa força se limitou a ir ao mercado comprar algo para comer e pronto.

O dia seguinte chegou e começamos a conhecer a fofa cidade de Madri. A capital da Espanha me pareceu mais simples (e conseqüentemente) aconchegante do que Barcelona, uma cidade mais tranqüila, apesar de também ter uma noite famosa por suas baladas! Barcelona tem seu ar cosmopolita, Madri é uma grande cidade discreta. Eu gostei mais de Madri do que de Barcelona, mas gosto é MUITO pessoal né, galera? Mas vamos ao que interessa. Começamos um dia em um posto de Informação Turística, na Plaza Mayor, para pegar nosso querido mapa! Ali mesmo pegamos umas dicas do que conhecer (Simone tinha um guia que consultamos para decidir o que conhecer em todas as cidades). 

Sto João Paulo II - Catedral de La Almudena
Monumento à Cervantes
Depois da Plaza Mayor, acabamos nos entretendo com as lojinhas de souvenir com vontade de comprar todos os bonecos de Don Quijote que víamos, enquanto andávamos pelo Centro de Madri (uma senhora que conhecemos nos disse que no geral é tudo muito perto e o que marcamos para conhecer no mapa realmente era). Entre uma loja e outra, chegamos à Catedral de La Almudena, igreja belíssima em sua mistura de estilos arquitetônicos (neogótico, neoclássico e neorromânico) e fica ali pertinho do também belo Palácio Real. De lá seguimos em busca de um mercado e de informações para badalar pela noite de Madri. Comemos, nos arrumamos e fuimos a bailar! Sem saber muito pra onde ir, andamos por uma região de bares e afins e começaram a surgir pessoas nos oferecendo tour em bares e tal, mas só fomos quando nos ofereceram uma entrada grátis em discoteca (é assim que eles chamam por lá), a Torero. Não estava lotada e tivemos todo espaço do muuuuundo pra dançar e, diferente de Barcelona, só músicas latinas tocando, ótimo para dançar como se não houvesse amanhã! Quando bateu o cansaço fomos até a Plaza de Cibeles pegar nosso transporte para voltar pra “casa”, onde há vários pontos de ônibus que rodam durante a noite, o que achei excelente!

O curioso Monumento ao Anjo Caído
No dia seguinte estávamos mortas, acordamos super tarde e fomos apenas à estação de trem marcar nossa passagem pra Portugal (decidimos ir para Lisboa primeiro, mesmo não sabendo onde ficaríamos) e nada mais fizemos. Voltamos, pois era dia de Satsang (encontros semanais para aqueles que já completaram algum curso da Arte de Viver, guiados por instrutores em um espaço para reviver as práticas e compartilhar experiências) na sede da Arte de Viver e foi nossa atividade do dia. E somente lá tive a ideia de procurar a sede de Lisboa para estadia, que prontamente nos respondeu com um sim e as dicas para chegar por lá!
Palácio de Cristal
A instrutora que conhecemos no satsang nos convidou para um almoço com outras instrutoras, então nosso último dia começou com um passeio pela Gran Via e depois fomos ao Monumento à Cervantes, na Plaza España, com suas famosas personagens: Don Quixote e Sancho Panza! Seguimos nos perdendo e nos achando pelo Centro de Madri até encontrarmos as meninas. Uma argentina, três venezuelanas e nós duas brasileiras. Quase um encontro latino americano!. Como Simone não fala espanhol, nossa conversa foi à base de português e espanhol falados lentamente, e todo mundo se entendeu. Depois de passar um tempo com elas, fomos para o lindo Parque de El Retiro, mas antes passamos pela Plaza de Oriente e Puerta de Alcalá. No parque, há o Monumento Alfonso XII, o Palácio de Cristal e o curioso Monumento ao Anjo Caído, sobre o qual ouvi histórias da teoria da conspiração depois e li algumas bem divertidas em pesquisa pelo Google também. Desde reunião Illuminati perto de onde é o monumento até a história de que ali é o ponto mais negativo da terra (oi???? Como se mede isso???), mas no final das contas, continuei sem saber o porquê da verdadeira criação deste monumento.

E assim foi Madri. E assim foi a Espanha. E assim estávamos de partida para o último país do mochilão. Escrevo hoje com todos aqueles sentimentos que a mim vieram naquele momento. Como é bom aventurar-se e como passa rápido! Deixemos esse papo para depois! ;) Próxima para é a terrinha, ora pois! Lisboa e Porto (arredores) encerraram nossa trip. Então, não perca o próximo post, quase final do Mochilão 2014! Até mais, galera! 

Como chegamos: Trem.

Transporte: Metrô, bus para voltar da night e muitas caminhadas.

O que não fiz (e gostaria de fazer): Bate-volta Toledo. Estádio do Real Madri. Museu Del Prado. Puerta Del Sol. Templo de Debod. Basílica San Francisco El Grande.

Estadia: Sede da Arte de Viver Madri – R$ 202,80

Gasto Gerais: R$239,82

Gasto Total: R$442,62

Mais fotos no FlickR:

 *Falo melhor sobre a Arte de Viver no seguinte post:

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Mochilão 2014 - Espanha - Parte 1: Barcelona

Praia de Barceloneta
O caminho entre a França e a Espanha é belíssimo. Um dos poucos que fiquei acordada e ainda bem que boa parte da viagem foi durante o dia e assim aproveitei bem a paisagem que gritava aos meus olhos pelas janelas do trem. E um fator muito curioso nesse trecho Nice-Barcelona foi a língua. Em algum momento da viagem, as pessoas que entravam nos trens pareciam falar francês, de repente parecia espanhol, e isso foi ficando um pouco confuso nas nossas cabeças. Depois de chegar à Barcelona, pude crer que o que ouvimos antes já era um pouco de catalão, que na escrita me parece exatamente essa mistura de espanhol com francês. Bom, o que sei é que fiquei totalmente perdida ao chegar lá e ver tudo em catalão, gosto de espanhol, queria ver tudo em espanhol hahahaha!!!!

Parc Güell
Bairro Gótico
Chegamos à noite, e nos enrolamos um pouco para chegar ao hostel, pois a rua parecia apenas uma extensão da calçada e demos uma pequena volta até passar por ela novamente. Chegamos tarde, todo mundo dormindo no quarto, então guardamos nossas coisas e fomos dormir. E como na França, abandonamos o despertador, acordamos naturalmente e sem preocupação. Fomos conhecer Sónia, quem nos aceitou pelo Couchsurfing e nos recebeu em dois dias da nossa passagem por Barcelona em sua casa. Tomamos um café da tarde com ela e  nosso passeio por Barcelona foi guiado por alguém que conhece bem a cidade! Começamos passeando pela Praia de Barceloneta. Olha, fiquei impressionada com tantas quadras de vôlei na orla, não sabia que era uma paixão por lá também. Depois caminhamos um pouco pelo centro, ficamos sabendo que Colombo está apontando pro lado errado e começamos a conhecer a famosa Ramblas e o bairro gótico, onde passamos rapidinho no incrível Bar El Bosc de les Fades, que só pela decoração já vale entrar, gente! Lindo!!!

Sagrada Família
De manhã, ainda pelo hostel, conhecemos uns brasileiros que estavam mochilando antes de começar intercâmbio e um cara (cuja nacionalidade não me recordo) que estava há algum tempo pela estrada, sem planos de voltar pro seu país por agora, acho incríveis essas histórias que apareceram ao longo de toda viagem pelo nosso caminho. Bom, pegamos nossas bagagens e fomos para a casa da Sónia (próxima a Plaça Espanya), antes de começar os passeios pela cidade. E então fomos à Plaça de Carles Buïgas, onde fica o Museu de Arte da Catalunha, depois almoçamos no Arena Shopping (antiga Plaça de Toros de les Arenes) e depois subimos para apreciar uma bela vista de Barcelona. De lá partimos para o Belíssimo Parque Güel, parque urbano concebido pelo modernista Antoni Gaudí, que é parada obrigatória!!!! De lá partimos para mais uma obra de Gaudí que ainda está em construção, o Templo Expiatório da Sagrada Família. Optamos por não entrar, pois a fila estava gigantesca e 18€ é uma entrada bem salgada. Nossa anfitriã preparou nesse dia uma “maratota” de night, já que Barcelona é famosa por suas baladas. Nos atrasamos um pouco e perdemos uma, pois era mais distante das outras e ficava na Torre Agbar (iríamos apenas pela vista), e fomos a duas boates (palavra que você não deve usar na Espanha nem em Portugal) perto da praia e dançamos até não agüentar mais! À caminho da balada, passamos pelo bairro gótico e entramos no bar El Mariatchi, do músico Manu Chao.
Fonte Mágica
O plano era ir a uma salsa no dia seguinte, mas acabamos cancelando. Acordamos tarde, fomos à estação de trem reservar nossos assentos para Madri e de lá caminhamos ali pela redondeza da Plaça Espanya, caminhando até o Museu Nacional de Arte de Catalunha, onde a escadaria estava lotada com pessoa apreciando o fim da tarde e a bela vista da cidade (até podemos ver láaaaa longe a Montanha do Tibidabo). Então, seguimos caminhando até a Plaça Europa e Palau Saint Jordi. Fomos arrumar nossas malas e comer, e mais tarde voltamos para espetáculo de cores da Font Màgica de Montjuïc.

Colombo
Ainda aproveitamos a manhã do dia seguinte para conhecer um pouco mais de Barcelona, caminhamos por las Ramblas e arredores, vimos o Bairro Gótico à luz do dia e fomos a Catedral de Barcelona. Então pela tarde, fomos para a estação de trem para ir para Madri. No início da noite chegamos à capital da Espanha, a maior cidade do país. Maaaas esse relato é só para a próxima semana! Hasta la vista, chicos ;)

Como chegamos: Trem

Transporte: Metrô, ônibus e muita caminhada!

O que não fiz (e gostaria de fazer): Montanha do Tibidabo. Bairro de Grácia. Bairro do Born e Parc Del Ciutadella. Torre Agbar. Parque Labirinto de Horta. Fundação Miró. Estádio do Barcelona.

Estadia: Feetup Yellow Nest Hostel - 2 noites: R$ 98,13
                *Couchsurfing (casa da Sónia) –2 noites - Free

Gasto Gerais: R$ 335,73

Gasto Total: R$ 433,86

Mais fotos no FlickR:


*Couchsurfing: é uma rede que conecta viajantes ao redor do mundo através do seu serviço de hospitalidade. Você cria um perfil e pode se conectar com pessoas que podem recebê-lo em casa ou que se disponibilizam a guiá-los pelas cidades onde vivem.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Mochilão 2014 - França - Parte 2: Nice

Passeio dos Ingleses vista da "Velha Nice"
Porto Velho de Marselha
Em nosso caminho de Paris para Nice, resolvemos parar por algumas horas em Marselha. Deixamos nossa bagagem em um locker e fomos caminhar pelos arredores da estação de trem. Minha impressão nessas poucas horas foi de que é uma pequena e aconchegante cidade. Nossa primeira parada foi na Catedral de Marselha e então resolvemos ir a uma feira que Camille nos falou (uma das meninas que nos acolheu em Paris), subimos, subiiimos e já tinha acabado quando chegamos. Então tomamos nosso rumo para o Porto Velho, e pelo caminho passamos pela Ópera Municipal, Centro Histórico, com direito a uma parada na Galeria Lafayette (fugi em Paris, mas acabei entrando em Marselha) e finalmente chegamos ao porto, onde passamos um tempo olhando uma feirinha à beira mar e tomamos nosso caminho de volta à estação de trem.
Place Massena
Chegamos à Nice de noite e só conversamos com o querido do Jô, com sua linda gata Nanie, que nos recebeu e descansamos para começar a conhecer Nice e resolver nossa estadia no próximo destino: Barcelona. Passamos 3 dias em Nice e ainda não tínhamos nenhum lugar para ficar. Não conseguimos contato com a Arte de Viver* de lá e o não havíamos recebido nenhuma resposta do Couchsurfing.

Boa parte da primeira manhã em Nice foi enviando pedidos de Couchsurfing para todas as pessoas possíveis de Barcelona hahahaha. Mas de nada adiantava perder o dia, então fomos caminhar para conhecer um pouco da super fofa Nice. Sem mapa, nos perdemos um pouco (com mapa já nos perdemos, imagina sem hahahaha) mas chegamos ao Centro (uns 20 minutos andando de onde estávamos) e logo de cara nos apaixonamos pela Place Massena. Várias crianças brincando com jatos de água ou aquela “fumaça” de água, sabe? Nossa, a alegria delas era de deixar qualquer coração mole! Depois fomos para o Passeio dos Ingleses e depois passamos um tempo na praia, sentada nas pedras vendo o sol se pôr. Fomos comer alguma coisa, passamos pela Place Garibaldi e andamos até a Notre Dame de Nice.

Praia de Menton
Na divisa entre França e Itália
No dia seguinte fomos para a praia de Menton, passamos rapidamente de carro por Mônaco, e depois passamos o dia na praia e passeando por Menton (cidade fronteiriça com a minha amada Itália). Um detalhe: canga nas praias européias não serve pra muita coisa, porque deitar naquelas pedras, OMG, é de acabar com qualquer coluna. E sair da água também foi uma experiência bem tensa em todas as praias que fui por lá, afinal, é a onda voltando, você tentando firmar seu pé nas pedras sem sentir dor, ou seja, vai preparado pro “trabalhão” hahahaha. Brincamos na placa da fronteira com a Itália, um trânsito intenso e muitos traillers de famílias viajando em suas férias de verão parados ali, acredito que em uma de suas paradas. A pessoa aqui tem um pouco de medo de moto. O amigo do nosso amigo estava de moto. Dei uma volta ridícula a 20 km/h e gritei umas duas vezes de pavor, enfim, assim o dia terminou. E nesse dia recebemos, enfim, nosso PRIMEIRO request aceito do Couchsurfing, não era para todos os dias, mas já nos aliviava em dois dias de hospedagem. Então, tudo certo, hostel + couchsurfing para a estadia em Barcelona!

Superlua em Nice
Nosso último dia em Nice foi de passeio pelo Centro Histórico, comemos uma especialidade de lá: a Socca, que é feita com farinha de grão de bico em formato de pizza e assada como tal. Até tentamos fazer em algum momento da viagem, mas não deu muito certo (nossa especialidade mochileira foi risotto). Depois andamos mais um pouco até subirmos ao Le Chateau e seu mirante com uma lindíssima vista de Nice e seu mar azulzinho! Como mochilar é também conhecer e praticar hábitos locais inventamos de ir a praia e trocar de roupa lá, enroladas na toalha como todos fazem. Bom, pra quem não está acostumada é uma super aventura não deixar a canga cair a cada movimento. No final das contas deu tudo certo e em meio as nossas risadas e medo de alguém olhar, é um hábito comum deles e ninguém estava se importando conosco hahahaha. Ficamos admirando a Superlua no calçadão e depois paramos em uma “balada” com direito a dançar encima da mesa de havaiana e sem um pingo de maquiagem (posso dizer mais uma vez que amo essa liberdade que a gente se dá em mochilão de fugir de muitos tipos de lugar comum????). E assim nos despedimos de Nice, um encanto de cidade! 
Centro Histórico

Próxima parada é a capital da Catalunha e segunda maior cidade da Espanha: Barcelona. Amada especialmente pelo baladeiros, a cidade tem seu charme e catalão por todos os lados!
Hasta miércoles, chicos! (não falo catalão, só espanhol mesmo hehehe).

Como chegamos: Trem.

Transporte: A pé e carro.

O que não fiz (e gostaria de fazer): Museu Matisse. Museu Internacional de Arte Naif. Palais Nikaia

Estadia: Casa do Joaquim. (amigo de uma amiga, que virou amigo nosso também)

Gasto Marseille: R$40,56

Gasto Nice: R$ 212,37

Gasto Total: R$ 252,93

Mais fotos no FlickR:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157655424672633

*Falo melhor sobre a Arte de Viver no seguinte post:

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Mochilão 2014 - França - Parte 1: Paris


Champs Élysée e Arco do Trinfo
C’est Paris! Assumo que não sou muito fã de francês (a língua) e nem tinha muita vontade de conhecer Paris (quase não fez parte do meu roteiro, inicialmente), mas pensei bem e arranjei uma companheira de viagem apaixonada por lá, então não tinha como fugir. A cidade tem o Louvre (eu gostei mais do D’orsay, me julguem!), uma cidra deliciosa, bons doces, muita nutella (menos que a Itália, mas tem rs) e um Arquivo Nacional aparecendo no mapa turístico, em uma rua chamada Rue des Archives (sou Arquivista, pra você entender melhor hahaha), aí ganhou meu respeito!

"Praia" às margens do Seine
A França já era nosso antepenúltimo país (nono país) e foi onde o cansaço deu seus primeiros sinais. E aquele ritmo de acordar cedo e passar o dia inteiro na rua já não era tão fácil de ser cumprido. Relaxamos e esquecemos o despertador, até porque ficamos 6 dias em Paris, logo nos demos ao luxo de não correr tanto. Simone já conhecia a cidade, então alguns dias eu e o meu parco “Je ne parle pas français” caminhamos pelas ruas de Paris.

Pegamos um mapa e bem no começo da caminhada estava um pequeno parque e a Torre de Saint Jacques (o apartamento onde estávamos era bem próximo dali), caminhamos às margens do rio Seine, onde no verão há uma praia artificial para o deleite dos parisienses. A Torre Eiffel já estava em nossa vista, mas deixei para o último dia minha ida lá. Então passamos pelo Boulevard Saint Michel e logo depois chegamos ao Jardim de Luxemburgo, onde fiquei sozinha por um bom tempo fotografando e observando sua beleza. Nossa alimentação foi basicamente feita em supermercado, seja comprando para fazer em casa ou comprando algo pronto para esquentar no microondas do próprio supermercado (isso é um salva mochileiro danado hahaha. Dá pra comer bem e passar longe do McDonald’s).
Jardim de Luxemburgo

Notre Dame
Arquivo Nacional
Outro dia e na parte da manhã, fui conhecer mais um pouco de Paris sozinha. E de cara, já me enrolei com o mapa. E depois de ir pra lá e pra cá, uma alma caridosa perguntou se eu estava precisando de ajuda e mesmo não falando francês, fui bem ajudada e finalmente cheguei à Notre Dame. A arquitetura gótica não é lá minha favorita, mas tenho que admitir que a grandiosa Notre Dame é belíssima! A fila estava enooorme para entrar, e como eu havia ficado responsável por comprar o almoço, optei por voltar outro dia (o que não aconteceu) e a apreciei apenas pelo lado de fora. De lá fui certamente pelo caminho mais longo para a Praça da Bastilha e depois passei no Arquivo Nacional, na Rue des Archives. Depois disso fui almoçar (tarde, diga-se de passagem) e a noite, demos uma volta pela cidade e ficamos papeando no Canal Saint Martin, onde muitos jovens ficam bebendo, comendo e trocando ideia.

Todos querem Monalisa!
O dia seguinte era domingo, a preguiça estava de mãos dadas com o relógio e acordamos tarde. Os museus têm entrada gratuita no primeiro domingo de cada mês (se estiver por lá pelo início do mês, aproveite para economizar!), mas claro que passeando pelo caminho, chegamos tarde e não era mais viável entrar em nenhum museu. Tirei as fotos “clássicas” do Louvre e deixei o dia seguinte somente para conhecer dentro dele. Na volta comemos um doce (uma viagem de duas formiguinhas) e conheci a Saint Germain de Prés. Nesse dia fomos para um bar e depois para uma baladinha, dançamos e nos divertimos bastante. E adorei ir de tênis e com maquiagem quase nenhuma, o que pelo meu Rio de Janeiro eu certamente não faria. Ah, e no caminho de casa passamos pelo Panteão.

Louvre
Finalmente, chegou o dia de Louvre! O Louvre é um mundo, é claro que em um dia não consegui conhecer tudo, mas percorri um bom pedaço do museu. Diversas obras dos mais diferentes períodos, mas o único momento que tive alguma dificuldade de contemplar foi nela: dona Gioconda (a.k.a Monalisa). Gente, que obsessão! Todo mundo parado ali, tentando uma selfie com o quadro mais famoso (não o mais bonito) de da Vinci, enquanto o museu está repleto de tantas outras maravilhas da arte (inclusive do próprio da Vinci). Louvre é para amantes de arte, de história e para os menos entusiastas também. Olha... saí tonta de tanta informação e saí com as pernas doendo, mas ainda tinha muita caminhada no dia. Segui pela Place de La Concorde, depois fui caminhando pela Champs Élysée até o Arco do Triunfo. Na volta, comi um crepe de nutella maaaara para recuperar as energias. Nesse dia, jogamos bocha (é, bocha mesmo) e ficamos um tempo às margens do Seine, muito comum entre os jovens parisienses também.

Torre Eiffel
Com nossos dias em Paris acabando, começamos nosso passeio caminhando pelo belíssimo jardim do Museu de História Natural (Jardin de Plantes. O jardim botânico mais importante da França,e para a história da ciência, um dos mais importantes do mundo), indo para Gare de l’Est para reservar nossa passagem de trem para Nice. Com a passagem reservada, fomos para Ile de La Cité com guia local (a Camille) o que tornou ainda mais bacana o passeio. Dalí, seguimos para o Museu d’Orsay (finalmente!!!), que é maravilhoso! Não deixem de ir, s’il vous plaît! Saímos de lá tarde e acabei não indo ao Museu Rodin.

Último dia com direito a Torre Eiffel, Sacré Coeur, Montmartre e muuuuita chuva! De manhã, fui de metrô para a Torre. Além dos artistas que vi na rua ou nas estações de metrô cantando (talentosíssimos, por sinal), nessa linha do metrô era um artista por vagão hahaha. Primeiro entrou um cara com violão e tocava bem. OK. Depois entrou uma senhora com um rádio de 1900 e vovó era mocinha com microfone e começou a cantar Besame Mucho. Ai, juro que tentei não rir, mas era tudo ruim: o som, a voz dela. Enfim, cheguei à Torre, com chuva leve e assim deu para fotografar mais tranquilamente e caminhar ao redor dela e ver diferentes ângulos. De lá, segui para o Centro Georges Pompidou para encontrar Simone e irmos para Montmartre/Sacré Coeur. Ao chegarmos lá, a chuva parecia (ainda) não ter dados as caras. Bela vista de Paris lá no alto da Igreja e muito bonito seu interior também. Depois começamos a descer pelas ruas de Montmartre mas a chuva chegou e encurtou nosso passeio, nem ao Moulin Rouge chegamos L.
Sacré Coeur

E assim foi a passagem por Paris! Continuo fora da lista dos apaixonados pela cidade luz, mas a estadia por lá foi bem bacana e curti a cidade. Próxima parada é na capital da Riviera Francesa: Nice. Na Costa Azul banhada pelo Mediterrâneo e coladinha na Itália! Ah, e com uma breve parada em Marselha. Au revoir, pessoal! :)

Como chegamos: Ônibus.

Transporte: Metrô e como sempre nosso querido pé.

O que não fiz (e gostaria de fazer): Subir a Torre Eiffel. Entrar em Notre Dame. Sainte Chapelle. Museu Orangerie. Catacumbas de Paris. Jardim das Tulherias. Museu Nacional de História Natural. Museu Rodin. Bate-volta em Versailles. Eurodisney. Panteão (passei apenas a noite e estava em obra). Mont Saint Michel.

Estadia: Casa da Carol e casa da Camille (amigas da Simone, minha companheira de viagem). Free

Gasto Total: R$ 436,70

Mais fotos no FlickR:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157655424672633








quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mochilão 2014 - Inglaterra: London, baby!

Tower Bridge
Arco-íris em Notting Hill
That’s London, baby! Muitos são apaixonados por Paris (destino do próximo relato, por sinal) mas eu fiquei encantada mesmo por Londres! Infelizmente, era a cidade mais cara do nosso mochilão e para não ultrapassar muito os gastos planejados inicialmente, e como não conseguimos estadia por lá, decidimos ficar apenas 3 dias. E sim, 3 dias é pouquíssimo se tratando de Londres. Acredito que uns 7 dias são uma boa opção pra ficar por lá, mas sinceramente? Eu ficaria mais hehehe. Aaaah, mas a libra esterlina ...eta moedinha valorizada né? Pois então, imagina nossa alimentação super saudável por lá...era isso mesmo, McDonalds...


Troca de guarda no Palácio de Buckinghan
Chegamos já pro final da tarde, mas o verão europeu e o sol se pondo às 21 horas é uma coisa linda! Não tem cansaço que te tire a vontade de passear até o sol se pôr. Como o tempo é curto, resolvemos começar indo para Notting Hill. Sim, fomos procurar a casa, a livraria e tudo mais do filme, mas não fizemos uma boa pesquisa antes, então achamos casas parecidas, mas sem certeza de nada! Pelo menos o cinema nós encontramos e um belíssimo arco íris também J


Big Ben


Os dias em Londres começaram cedo. Papo de 7 da matina, pra pegar o banheiro do hostel livre, tomar café e pé na tábua! Começamos o dia assistindo a troca de guarda no Palácio de Buckingham. Muuuuita gente, foi bem difícil de fato enxergar alguma coisa na hora da troca, mas achei o evento super divertido. É quase uma festa com diversas músicas, passos minimamente sincronizados, uma tradição tão ligada a cultura local que por uns minutos você se sente parte da realeza britânica hahaha. Pode ser clichê e tudo mais, mas faz parte da alma de Londres, então não sinta vergonha de incluir isso no seu roteiro por lá, principalmente se você quer sentir a cidade (algumas pessoas dizem que o programa é muito de turista e blá blá blá, mas enfim, é divertido).

Museu de História Natural
Depois da troca de guarda passamos pelo arco de Wellington, um trecho do Hyde Park e seguimos para o Museu de História Natural, um dos museus com entrada gratuita e parada super obrigatória. A exposição permanente é ótima! Interativa (as crianças ficavam loucas. Nós também hahahaha), o audiovisual e a sessão educativa excelentes! Vale muito a pena esse museu ficar no topo da lista de visitas. Não tive tempo, mas vale a pena conferir outros museus com entrada free por lá. Após o fascínio pelo museu, voltamos ao Hyde Park para curtir um pouco o espaço verde como eles curtem no verão e de lá fomos para o Big Ben e o Parlamento inglês. Aaaaah, o Big Ben é um símbolo britânico e, conseqüentemente, daquelas atrações turísticas que te fazem pensar “eu to aqui mesmo?” Como já começava a anoitecer, pegamos o caminho de volta beirando o rio Tâmisa, passando pelo London Eye. Paramos na famosa e movimentada Praça Leicester para comer antes de voltar e conhecê-la.
  

London Eye
O nosso último dia, começamos muito bem em Camden Town. Dá vontade de comprar tudo que se vê pela frente por lá. Desde lembrancinhas à roupas. Aaah, e tem comida de tudo quanto é canto, até brasileira. Guaraná e coxinha hahhaha. Caminhamos um bom tempo por lá e tá aí outra parada mais que obrigatória em Londres. Mesmo sendo possível passar o dia inteiro por lá, esse é nosso último dia e ainda há muito que conhecer! Nos “aventuramos” a andar no ônibus londrino, só por andar mesmo. Então fomos para outra praça famosa, a Trafalgar (onde fica a National Gallery) e almoçamos ali em um restaurante chamado Garfunkel, gastamos um pouco mais, porém fugimos do McDonald’s...ufa! De lá seguimos para uma looonga caminhada até chegar na Tower of London e na Tower Bridge. Para terminar chegamos a Catedral de St. Paul, mas já estava fechada L. Então fomos para um pub, que estava cheio e com muitos jovens sentados do lado de fora na graminha e curtimos o fim de mais uma tarde de verão.


Londres me ganhou. Está no meu top 10 de locais que quero voltar. Já era uma apaixonada pela cultura britânica (especialmente no ramo da música) e seu lindíssimo sotaque, logo a paixão apenas aumentou! Quero voltar, quero conhecer mais não só da capital como de cidades mais interioranas e outras belezas do Reino Unido. Ao final dessa série de posts vou tentar fazer um ranking das cidades que passei, até porque essa é a pergunta que mais me fazem desde que retornei de viagem e não é de fácil resposta.


Camden Town
Antes de terminar esse post, uma dica importantíssima sobre Londres: não se esqueça que a cidade é cara! Por isso muito cuidado na hora de escolher hospedagem. Pesquise bem antes de ir, não caia em furadas (às vezes um hostel beeem mais barato pode ser em um local pouco central). O que me disseram é que o ideal é ficar pelas zonas 1 e 2, podendo talvez escolher algum lugar na zona 3, mas fora disso, fica complicada a locomoção. Ah, e uma observação: outros viajantes que encontramos pelo caminho nos disseram que os ingleses não respondem perguntas na rua, não dão direcionamento...bom, minha experiência foi outra, me orientaram até quando não pedi, nos levaram até ônibus e todas nossas perguntas foram respondidas com muita simpatia. Talvez no verão eles fiquem com menos pressa de andar pelas ruas.

Próxima parada: Paris. Sem querer meu roteiro passou na seqüência pelos “rivais” históricos Inglaterra e França. Para completar a modalidade de transportes usados durante a viagem, fomos de ônibus para lá. Imagino que alguns se perguntaram: “como ir de ônibus para França? E o mar no meio do aminho?”. Bom, o ônibus entra em um ferryboat para passar para o lado de lá. Avião, trem, ferryboat e ônibus. Acredito que só faltou andar de bicicleta, mas a mochileira que vos escreve ainda não o sabe fazer.

Mapa do Transporte de Londres

Semana que vem não deixe de visitar o blog para saber sobre a passagem pela França, país de sonho de muitos brasileiros (ok, a paixão é só por Paris mesmo hahaha). E não se esqueça: vá a Londres! J Até mais, galera!

Como chegamos: Ferryboat + trem

Transporte: Metrô (Underground). Maior parte do tempo a pé. E ônibus só por andar num ônibus londrino hehehehe.

O que não fiz (e gostaria de fazer): London Eye (só vimos de longe, não andamos na roda gigante). Castelo de Windsor. Abbey Road (a clássica foto dos Beatles!). Estádio de Wembley (uns vão pelo futebol, eu iria pelos grandes shows que já ocorreram lá). Catedral de St. Paul (já estava fechada quando chegamos nela). Tate Museum. Borough Market. Algum musical. Convent Garden. Fazer um bate-volta em Greenwich. Madame Toussaud (não sou lá muito interessada no Museu de Cera, mas pode ser divertido).

Estadia: Clink 261 Hostel - R$439,40 (3 noites)

Gastos Gerais: R$ 730,46

Gasto Total: R$1169,86


Mais fotos no FlickRhttps://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157657331081540