quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Croácia: Zagreb e Split

Entardecer (na verdade anoitecer hahaha) em Split
A Croácia entrou no roteiro às vésperas da viagem após ficar apaixonada por umas fotos do Parque Nacional dos Lagos Plitivice e mal sabíamos o que fazer lá. Acabamos não indo a Plitivice por causa da chuva e nos apaixonamos pelo país devido às pessoas incríveis que conhecemos lá. Agora a vontade é conhecer melhor e rever os amigos.


Zagreb                                                                                                            


Nosso anjo Vladimir (e um escritor croata)
Chegar à Croácia já foi uma pequena aventura. Nosso ferryboat de Santorini (Grécia) só chegava a Atenas às 23hrs, ou seja, não era possível ir para Patras, então passamos mais uma noite em Atenas e logo cedo pela manhã pegamos o ônibus para Patras e lá pegaríamos um ferryboat para Ancona (Itália) e de lá outra ferry para Split ou o trem para Zagreb. É...ainda nem sabíamos ao certo pra onde ir. Foram 2 dias pra chegar na Croácia. Quando pegamos a ferry para Ancona, tivemos que comprar as horas de internet para saber qual seria nosso destino. Então, recebi um email do Vladimir da Arte de Viver de Zagreb, dizendo que duas meninas (Natali e Blaženca) de lá poderiam nos receber por esses dias, então é pra lá que nós vamos.

Chegamos a Ancona e lá precisamos fazer uma reserva no trem para chegar a Zagreb, e só haviam leitos, o que fez a reserva um pouco mais cara (29€) que o normal (geralmente só pagávamos de 3,50 a 10€). Passamos a noite no trem, no leito meeeega apertado e o “fiscal” do trem que nos acordou uma parada antes da nossa (fofo né?). Nossa para era alguma cidade da Áustria e estava levemente frio e de lá, pegamos o trem para Zagreb, finalmente! E após algumas belas paisagens da Eslovênia, pela manhã chegamos lá e o fofo do Vladimir estava nos esperando. Chegamos destruídas e a só queríamos dormir, nesse dia só fomos à sede da Arte de Viver no Satsang* e vimos o Brasil perder para a Alemanha em casa (a casa das meninas naquele momento era também nossa casa).

Museu super interessante!
Estávamos sedentas por conhecer os lagos Plitivice, mas o tempo não foi nada generoso. Em nosso segundo dia em Zagreb, muita chuva! Mais um dia sem conhecer muito da Croácia, devido à chuva. Já no dia seguinte, com ou sem chuva iríamos sair! E fomos conhecer o Centro de Zagreb com nosso amigo e guia Vladimir. É tudo super perto e vale a caminhada. Logo entramos em uma dessas Informações Turísticas e perguntamos sobre o passeio a Plitivice e devido ao tempo não fomos aconselhadas a ir. Depois passeamos, ouvimos um pouco da história da Croácia, passamos pela Strossmatre (a Montmatre de Zagreb) e entramos no Museu dos Relacionamentos Terminados. Achei o museu diferente e muito interessante! São histórias das mais variadas, inclusive uma brasileira deixou lá um buquê feito de papel de seu casamento e contanto sobre o término. Vale a ida e a entrada é 2 ou 3€.

Nossas lindas roomates!
No outro dia iríamos a Plitivice, mas foi o dia que mais choveu...então apenas saímos a noite com as meninas para um barzinho e no dia seguinte almoçaríamos pelo centro e depois tivemos um evento da Arte de Viver. Ficamos esses dias a mais pelo vínculo...as viagens dão esses lindos presentes e as despedidas são sempre tão difíceis assim como quando deixamos nossos amados aqui para colocar a mochila nas costas. Manhã seguinte foi de chororô, abraços e partida para Split com direito a lanchinho feito pelas novas amigas.

Split


Pelas praias de Split
Umas 3 horinhas de trem depois, estávamos na fofíssima Split. Chegamos lá no dia da final da Copa, já era noite então decidimos sair à noite e ver o jogo. O quarto era super fofo e as pessoas que alugavam esses quartos eram mais fofas ainda! Mal chegamos e já nos deram suco, biscoitos e muitos cuidados. Caminhamos pela pequena cidade durante a noite, vimos os alemães comemorarem fervorosamente o campeonato da Copa do Mundo e nos apaixonamos pela encantadora Split!

No dia seguinte caminhamos pelas praias de Split, suas ruelas, Riva de Split e pelo Castelo Diocleciano, este que é encantador! Ele estava parcialmente fechado, pois haveria uma ópera por lá de noite e estavam montando o palco e tudo mais. Comemos fritule, uma espécie de bolinho de chuva vendido em várias barraquinhas na Riva de Split e ainda veio com nutella, uma delícia! Split é uma cidade de um dia se você conhece tranquilamente a cidade a pé. Claro que se você quiser curtir as águas geladas das belas praias croatas pode ficar mais um pouco.
Castelo Diocleciano

E assim foi a Croácia. País que vale a pena e está na lista de volta, afinal ainda há muito a ser visto e pessoas queridas para rever! Próxima parada: Alemanha. Berlim, seu muro e sentimentos tão fortes em cada lembrança da Segunda Guerra Mundial.

Como Chegamos:  Ferryboat  + Trem 

Transporte: Em Zagreb, utilizei o tram (vlt) e em Split só caminhamos mesmo, é uma cidade super pequena e não há forma de conhecer melhor do que via canela mesmo!

O que não fiz (e gostaria de fazer): Plitivice, Dubrovinik, Ilha de Hvar, Parque Nacional de Krka (inclusive nos disseram que é mais bonito que Plitivice) e Rijeka (terra da nossa amiga Natali e ela disse que é muito lindo por lá).

Estadia: 4 noites em Zagreb (Casa das meninas da Arte de Viver)
2 noites em Split em um Bed&Breakfast : 60€ (R$202,80)

Gastos Gerais: R$ 243,70

Gasto Total: R$446,50

*Encontros semanais para aqueles que já completaram algum curso da Arte de Viver, guiados por instrutores em um espaço para reviver as práticas e compartilhar experiências.

Mais fotos no FlickR: https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157657473509596



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Grécia: Atenas e Santorini

Partenon!!!!!!!
Para pegar o vôo para Atenas, passamos a madrugada no aeroporto de Roma, visto que não valeria a pena ir dormir em algum lugar pra chegar no aeroporto de madrugada. Nós acabamos dormindo um pouco no chão do aeroporto e percebemos que é algo bem comum por lá. Minha irmã voltava para casa, eu e Sessa seguíamos nossa pequena aventura, em muitos momentos sem saber onde dormiríamos no dia seguinte. Deixamos minha irmã no portão de embarque dela e partimos para o nosso. Next stop: Atenas!

Atenas

Chegar a Atenas é um mix de sentimentos. Assim como em Roma, me sentia uma menina dentro de um livro de História tendo a oportunidade de ver que aquilo tudo aconteceu e ainda tem “provas” da existência aos nossos olhos. E é também um pouco assustador olhar outro alfabeto, completamente diferente (foi o primeiro que vi até hoje de perto hahaha). Que bom que os Jogos Olímpicos de 2004 foram lá, então a cidade inteira está em inglês também (inclusive o metrô).

Odeão de Herodes Ático
Chegamos e avisamos pro dono do apartamento, o Athanasios (Thanasi para nós) e ele avisou pra vizinha que estávamos a caminho. Um pequeno detalhe: sua vizinha, Roula, falava pouquíssimo inglês, ou seja, foi na base da linguagem dos sinais hahaha. Do aeroporto pegamos um ônibus para Praça de Monastiraki e lá pegamos metrô (mas acredito que poderíamos já ter usado o metrô desde o aeroporto, mas enfim, essas foram as coordenadas que nos deram). Ficamos no bairro de Peristeri, não é muito central, e os taxistas na estação de metrô mais próxima não sabiam onde era, depois descobrimos que estávamos há 3 quadras dali. Um deles foi solícito, pediu o telefone de alguém e demos o da Roula e ele ligou para pedir informações, ele era um pouco atrapalhado e bateu o carro em um poste dando ré, mas essa foi apenas uma das pérolas da viagem. Chegamos, era um domingo e não havia muito que fazer na região a noite, só descobrimos onde pegar o metrô (a pé) para o dia seguinte e pronto.

Ágora Romana
Começamos ali pelos arredores da Acrópole. Que sensação incrível de estar ali, vendo todo aquele resto de “mundo antigo”, berço de nossa uma humanidade, de nossas leis, de nosso pensamento. Adentramos e já demos de cara com o Dionísio e seu teatro. Passamos pelo templo de Asclépio e o belíssimo Odeão de Herodes Ático, um anfiteatro que parecia ainda abrigar eventos (havia uma estrutura sendo montada lá). De lá passamos pelo Propileu da Acrópole e Templo da Atena Niké, e aí chegamos lá encima no Erecteion e mais a frente, ele: o Partenon! Uma bela vista de Atenas, de lá podemos ver alguns outros monumentos.
Templo de Zeus

Queríamos ir para o Novo Museu da Acrópole, mas acabamos nos perdendo em meio aos outros pontos turísticos e quando passamos perto dele já estava fechando. Então seguimos até o Museu da Ágora Antiga e depois para o Templo de Hefesto. Fomos respirar um pouco antes de continuar a maratona de monumentos, e seguimos para o Cemitério Kerameikos que possui um pequeno museu arqueológico na entrada. Com mais um pouco de caminhada pela cidade, chegamos a Biblioteca de Adriano e à Ágora Romana. Eu já disse algumas vezes em posts aqui no blog que sou fascinada por ruínas e não me canso de dizer, é incrível ver aquele restinho de história diante de você.

Um jantar grego delicioso!
Por último, e não menos importante, chegamos ao Arco de Hadrian e ao Templo de Zeus. Perco até as palavras. Esse foi, sem dúvidas, um dos melhores dias de passeio de toda viagem. E achei muito bacana ir a todos esses lugares pagando 12 €, mais barato que a entrada de muitos museus pela Europa, por exemplo.

No dia seguinte a banana aqui caiu de cóccix na escada do prédio que estávamos e a dor não foi pouca não...tive que passar boa parte do dia de molho, para a noite comprar a passagem da ferry para Santorini, jantar e conhecer o bairro de Plakas com umas amigas da minha companheira de viagem que também estavam mochilando. Comemos tanta coisa que nem lembro! Hahhaha. E tomamos o tal uzo, bebida alcoólica grega feita com anis e muuuuuuuito forte. Eu detestei, mas vale experimentar.


Filapappos
Chegamos um pouco tarde e claro que perdemos a hora no dia seguinte, chegamos quando a ferry estava indo embora para Santorini...trocamos a passagem pro dia seguinte, deixamos a parte mais pesada da mala em um locker e aproveitamos para caminhar menos turisticamente por Atenas, comi um prato típico de lá, a Moussaka, vi o garçom mais bonito do mundo, o porquê dos deuses serem gregos e fomos à Colina Filopappos. Lá se encontra a prisão de Sócrates, Monumento às Musas e tem uma linda vista tanto da Acrópole quanto da cidade. Foram 3 dias rapidinhos, mas muito proveitosos!

Como chegamos: Avião

Transporte: Andei de metrô a maior parte do tempo

O que não fiz (e gostaria de fazer): Como não estávamos numa região muito central, não saímos para badalar em Atenas. Monte Lykabettus. Estádio Panatenáico. Novo Museu da Acrópole. Museu Nacional Arqueológico, Kaisariani Monastery

Estadia (5 noites): Free. Ficamos no apartamento de um querido da Arte de Viver, que abriu sua casa para nós sem estar lá.

Passagem de avião Roma-Atenas: R$ 233,16

Gastos Gerais: R$468,47

Gasto Total: R$ 701,63



Santorini


Pôr do sol em Oía


























Um grego que conhecemos disse que Santorini era a pior opção de ilha pra gente conhecer. Uma parte de mim concordou com ele, gostaria de ter conhecido uma ilha mais roots e Santorini é glamour. Mas ok, eram só dois dias mesmo.

Praia de Perissa e sua areia preta
Nosso hostel fica em Perissa, bem pertinho da praia, o que foi de longe o que ele tinha de melhor. O quarto era razoável, mas o banheiro era horrível, o chuveiro gelado e com aquela água salgada sabe? (darei um desconto pois li sobre a ilha quando voltei e disseram que essa água é o mais comum por lá). Nós chegamos e a ventania também. Chegamos à praia de Perissa e nem pudemos aproveitar, TUDO saiu voando! Passeamos pela orla com uma paulista que mora na Irlanda e estava no mesmo quarto que a gente, jantamos num restaurante bem bacana com preço razoável e comi mais uma moussaka (não, não lembro o nome do restaurante.)

Vulcão de Santorini
No dia seguinte, fizemos um passeio de escuna para conhecer um pouco mais da ilha. Começamos pelo Vulcão de Santorini. Fiquei bastante intrigada com um fato: o vulcão ainda é ativo e o turismo lá é intenso, então como saber se por acaso ele vai “acordar”? Bom, a pergunta está aqui comigo, até hoje, sem respotas. Só descobri que existem alguns dispositivos monitorando temperatura, nível do mar e afins.  A vista de Fira e Oía, o calor da terra, as rochas, enaltecem a beleza do local. Depois de lá o barco parou para mergulho em Hot Springs, com sua água marrom e neste dia não tinham nada de muito hot, o que pode ser devido ao fato do mar estava extremamente agitado (muito vento! O passeio de barco foi com muita emoção, digamos assim). Depois disso paramos em uma pequena ilha de Santorini para almoçar e de lá subimos para Oía, onde vimos o tão famoso pôr do sol (e a parte mais cara da Ilha de Santorini). Para subir da tivemos que fugir dos jegues que levavam algumas pessoas que preferiram evitar a fadiga da bela escadaria e foram momentos de tensão e muito riso. Depois de caminhar um pouco por Oía e ver seu lindo pôr do sol, um ônibus nos deixou no hostel. Corremos para ver o show de um grupo de dança grega mas o vento não deixou o grupo chegar e acabamos jantando e vendo um dos jogos do Brasil na Copa.
Oía

Dia seguinte era nossa partida, voltamos para Atenas e de lá tem um longo caminho até Zagreb, na Croácia, mas isso fica para o próximo post! Next stop: Croácia! País lindo e de gente linda!

O que não fiz (e gostaria de fazer): Antiga Thera. Sítio Arqueológico de Santorini. Ruínas do Castelo Bizantino. Praia de Eros. Praia de Kamari.


Como Chegamos: Ferryboat

Transporte pela cidade: Ônibus e barco. 

Estadia (2 noites – Youth Hostel Anna): R$44,62

Gastos Gerais: R$331,24 

Gasto Total: R$ 375,86

Fotos da Grécia no meu Flickr:


https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157655083906723

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Itália - Parte 5: Verona, Veneza e Pádua


Veneza


























E chegamos ao final e à melhor parte da viagem: Verona. E não por monumentos ou pontos turísticos, mas por todo amor que recebemos! Em Verona, foi o reencontro com meus irmãos italianos que a JMJ 2013 me deu. E depois da estadia um tanto desconfortável, ser cuidada por pessoas que você gosta não tem como não ser maravilhoso, não é? Passamos 6 dias em Verona e de lá fizemos bate e volta em Veneza e Padova, também faríamos um bate volta em Milão, mas acabamos desistindo.

                                                                    
Verona

Castelvecchio
A fofíssima terra de Julieta, Verona é um encanto. Sem tumultos, não é destino de muitos turistas, mas é uma opção pra quem quer conhecer o charme de uma cidade italiana tranquila. Como os trens italianos não são os mais pontuais, chegamos um pouco mais tarde do que imaginávamos e meu fratello Mattia que foi nos buscar, não estava na estação de trem nos esperando. Aí era um tal de tentar conectar wifi e nada...bom, meu outro fratello Giacomo ligou e avisou para Mattia que já estávamos por lá. Da estação fomos levadas para o liiindo bed & breakfast Fior di Maggio em Pescantina, e depois de tudo ajeitado, fomos jantar com toda família de Mattia no restaurante que ele trabalha Miralago em Pastrengo. Uma vista linda, comida e sobremesas excelentes (não esqueço o risotto maravilhoso que comi lá) e um ótimo vinho em boa companhia, o que mais poderíamos pedir? Me perdi em tantos pratos: antipasto, primo piatto, secondo piattocontorno, frutta, dessert, café e digestivo. No segundo prato, eu já estava satisfeita e até me assustei quando vi eu ainda tinha mais. Tudo tão delicioso que dava vontade de ter uns 3 estômagos pra aguentar bem hahaha.

Casa de Giulietta
No dia seguinte, fomos conhecer o Centro de Verona com os dois fratelli. Começamos pelo Castelvecchio, um castelo medieval que hoje funciona como museu. Foi nosso ponto de encontro com Giacomo e de lá seguimos por todo Centro de Verona, passando pela Piazza Bra e Portinni della Bra, a principal praça de Verona. Dali seguimos pela Arena de Verona, local que hoje abriga shows na região, passando pela Piazza dei Signori, onde tem uma estátua de Dante Alighieri. E então chegamos à famosa Casa de Giulietta. E estava super cheia, de românticos colocando cadeado, fila pra tirar a clássica foto com a mãe no seio da Julieta (dizem que dá sorte no amor) e acabamos não escrevendo nossa carta para deixar lá, e seguimos para a Porta Borsari, um belo portão romano perdido em meio à arquitetura mais recente. E terminamos o passeio na Gelateria Savoia, a mais antiga de Verona, onde comemos o tijolo “La Mattonella”, um doce com sorvete muito gostoso e é o melhor da casa. Tudo muito perto mesmo. Ok, eu conheci Roma a pé, mas aqui a distâncias são realmente pequenas e muito fácil de se conhecer. Um pouco longe de onde ficamos hospedadas, mas estávamos de carro com a nossa famiglia italiana.
Dante Alighieri  - Piazza dei Signori

Nos outros dias, nossos passeios foram bate e volta em Veneza e Padova, mas falo melhor sobre cada um mais abaixo. Pulo aqui para outro dia de passeio por Verona, numa região já mais distante do Centro, onde tem o Lago di Garda, lindíssimo! Primeiro conhecemos o castelo de Rocca Scaligera, onde tivemos uma vista lindíssima do lago, infelizmente não pudemos nadar, pois estava chuviscando e fresquinho, então terminamos o dia com gelato, pizza e boa conversa. No dia seguinte, fomos para Caldiero conhecer a família de Giacomo e ficar uns dias por lá.

Lago di Garda
Esses dia forma muito especiais. As famílias Fornaser e Lissandrini foram tão carinhosas e atenciosas com a gente, que nem há como falar de tamanha gratidão. Mesmo com as barreiras lingüísticas (poucos falavam ou entendiam inglês) tudo fluiu muito bem. Passamos uma noite rindo, comendo tiramisu e bebendo vinho, falando português, italiano e algumas poucas palavras em inglês que o papà entendia (a mamma falava só italiano mesmo). Nossos fratelli nos levando a todo canto, nos apresentando aos seus amigos e sem esquecer da Paola que mais parecia uma mamma do que dona do bed&breakfast. Cuidava de tudo, preparava nosso café da manhã com tanto carinho. Esse era só o início da parte mais incrível de toda a viagem: as pessoas!

O que não fiz em Verona: Anfiteatro de Verona e Igreja de Santa Anastácia.


                                                                                       


Veneza


Não importa o quão bom seja seu senso de direção, sua leitura de mapas, não se iluda: você vai se perder em Veneza. A cidade no verão fica lotadíssima, mas isso não faz com que ela peca seu charme. Seus becos, suas gôndolas, suas máscaras de carnaval, suas pontes e tantas coisas mais. Certamente um dia é pouco para Veneza, mas aproveitamos o máaaaaximo que pudemos!

Basílica de São Marco
Chegamos, abrimos o mapa e seguimos a direção que achávamos certa, para chegar a Piazza San Marco. Entramos em muitos becos, em lojas de máscaras de Veneza e de coisas(tem tudo de Murano), passamos pelo Cassino, Igrejas e um considerável tempo depois chegamos na praça e fomos para fila de entrada da Basílica. Como eu estava de vestidinho, tive que pagar 1€ naquele pano pra cobrir minhas pernas (lembrem-se: que se tem intenção de visitar igrejas, muitas delas não deixam entrar de roupas curtas, decotes e afins). Depois passamos um tempo pela praça, vimos o Campanário de San Marco e passamos pelo Palazzo Ducale e começamos a curtir as muitas de pontes de Veneza, passamos pelo Canal Grande, Igreja Maria Gloriosa dei Frari, Igreja San Giovanni in Bragora e outras igrejas que acabei não gravando o nome.

Rialto
Depois de tanto andar, a fome bateu. Seguimos nosso caminho para Rialto olhando os restaurantes e a maioria com preços nada mochileiros. No final das contas, acabamos achando a Università IUAV di Venezia em alguns dos momentos “perdidas nas ruelas de Veneza” e comemos na lanchonete da universidade. De lá seguimos para Rialto, passamos pelo belíssimo Museu da Música (que já foi uma igreja) e somente do lado de fora da Galerria dell’academia (como já fomos em Florença, optamos por não ir em Veneza) e enfim apreciamos a bela vista da ponte de Rialto. E já era hora de ir embora, e voltamos à estação de trem ao som dos cantores das gôndolas e apreciando mais um pouco Veneza.

Como chegar: Como estávamos em Verona, pegamos o trem e descemos na estação Venezia Santa Lucia, pois está é a que nos deixa ali no “centrão” de Veneza. Se for de trem, essa é sua estação e não a Venezia Mestre. Mal me recordo mas a ida e volta saiu em torno de 20€.

O que não fiz em Veneza: Palazzo Ducale (só por fora), Museu Correr, Galerria dell’ academia (passamos por ela),Colezzione Peggy Guggehein, andar de gôdola e ir a Murano e sua Fábrica de Vidro Anfora Murano.


Padova

O bate e volta em Padova foi apenas para conhecer o lindo Santuário de Santo Antônio de Pádua. Infelizmente não podemos tirar foto em seu interior, mas ele é lindíssimo e com uma energia inexplicavelmente boa! Respiramos pura PAZ ali. Foi perfeito pra recarregar as energias pra continuar a viagem. E no caminho, tinha uma pequena e simples doceria e não resistimos. É, a Itália é um país que engorda!

Santuário de Santo Antônio
Como chegar: Também fomos de trem, é super fácil, só descer na estação Padova e pedir um mapa na informação ao turista. Acho que ida e volta custou uns 15€.

É hora de dar tchau!

A despedida de Verona foi de coração apertado. Cercado de pessoas incríveis, de amor e um local tão de paz, esses dias são daqueles que nunca fogem da memória. Final da tarde pegamos um trem pra Roma e lá ficaríamos até de manhã no aeroporto, onde minha irmã voltava pra Rio enquanto eu e minha amiga seguíamos para Atenas, então imagina o turbilhão de sentimentos. Estávamos na casa do Giacomo, mas Mattia e família também foram nos esperar na estação de trem. “Sorte” que nossa despedida foi um pouco corrida e não deu tempo de chororô.

E assim foi Itália, Itália foi férias, foi brincadeira, foi amor, foi sonho. O mochilão começa pra valer agora, com uma dificuldade aqui, outra lá, mas tudo possível de resolução. Próxima parada: Atenas e Santorini, Grécia.
Como Chegamos: Trem 

Transporte pela cidade: Trem e carro (dos meus fratelli italianos)

Estadia (6 noites): Ficamos 4 noites de cortesia no Bed&Breakfast Fior di Maggio, da queridíssima Paola Peretti, amiga da família do meu fratello Mattia. E 2 noites na casa do meu outro fratello Giacomo.

Gasto Gerais: Vou ficar devendo, pois deslumbrada na Itália acabei não anotando meus gastos básicos depois de Roma.[4]

Fotos da Itália no meu Flickr:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656885166298


Obs: Pontualidade não é o forte dos trens italianos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Itália - Parte 4: Cinque Terre

Pôr do sol em Manarola



Riomaggiore
E a viagem pela Itália estava chegando a sua reta final...penúltima parada e o coração já estava completamente apaixonado pela Itália. Após ver alguns posts no instagram sobre Cinque Terre com fotos tão bonitas, resolvi incluí-la no roteiro, mesmo sendo um lugar de pouco apelo turístico. Trata-se de 5 charmosos vilarejos na Costa da Riviera Lagure, perto de Gênova. Com algumas corridas pelas estações e quase perder um trem (trocamos umas duas vezes e trem) chegamos em La Spezia, estação de trem indicada pelo hostel, onde pegamos um ônibus que nos deixava no hostel, que fica em Bassi  e não nas Terres. Umas 10 pessoas que estavam conosco no ônibus foram para o hostel também.

Chegamos a tarde e ainda teríamos muito sol pra aproveitar, e não tínhamos lá muitos dias para conhecer a região (na prática só um e meio). O hostel tinha uma um serviço de transfer que nos levava e buscava em Riomaggiore e começamos a conhecer os vilarejos por ela e Manarola que era o vilarejo mais próximo. Nos locomovemos de trem, é possível fazer por trilhas mas um dos trecho da trilha estava fechado e o tempo corrido. Vimos o pôr-do-sol em Manarola e curtimos mais tudo que estava ali à beira mar.

Monterosso
Vernazza
No dia seguinte, o Sol brincou com a gente. Estava até friozinho mas saímos de biquíni de qualquer forma, com um casaquinho por cima e fé que o sol apareceria ao longo do dia, afinal eram apenas 7 da manhã! E deu certo, após alguns minutos de caminhada por Monterosso, o mais belo vilarejo em minha humilde opinião (e o maior dos 5, senão me engano), eis que ele aparece para que possamos aproveitar bem aquele lindo mar azul! Caminhamos por boa parte desse vilarejo, comemos focaccia, passamos pela Igreja de São Francisco e não fizemos a trilha pois estávamos de chinelo e o caminho em uma certa parte era pago para chegar às outras Terres. Então fomos de trem tanto para Vernazza como Corniglia, ao meu ver, as Terres menos interessantes.

Apesar da beleza das praias, assumo que Cinque Terre me decepcionou um pouco. O hostel não era nada bom (funcionários super frios e pouco hospitaleiros, café da manhã mesmo sendo pago era péssimo e banheiros desagradáveis), a comida no geral era cara, aquele jeito caloroso italiano não era visto por ali, enfim, a experiência não foi das mais agradáveis.

Corniglia
O que não vimos: Após voltar, fiz algumas pesquisas pra saber o que faltou conhecer nos lugares por onde passei e vi que nas Terres faltaram alguns pontinhos e deixarei aqui de sugestão pra quem está com vontade de dar um pulo lá.

Riomaggiore: Chiesa di San Giovanni Battista, Chiesa di Sant’ Antonio e Castelo de Riomaggiore.
Manarola: Chiesa di San Lorenzo e Torre dos sinos.
Monteresso: Ruínas do Castelo Obertengo e Torre Aurora.
Vernazza: Chiesa di Santa Margarita e Santurário di Nostra Signora di Reggio.
Corniglia: Chiesa di San Pietro.

E também não aproveitamos um pouco mais da beleza com a vista das trilhas entre os vilarejos, devido ao pouco tempo.

Como Chegamos: Trem.

Transporte pela cidade: Trem e transfer do hostel.

Estadia (2 noites):
Ostello Tramonti – R$ 134,00

Gasto Gerais: Vou ficar devendo, pois deslumbrada na Itália acabei não anotando meus gastos básicos depois de Roma.[3]

Fotos da Itália no meu Flickr:


https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656885166298

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Itália - Parte 3: Florença

Pôr-do-sol na Piazzale Michelangelo
A próxima parada é Florença e toda sua atmosfera artística. Florença tem muito coisa para dois dias e meio (e para um mochilão econômico hahaha). Museus, jardins e sua grande maioria com entrada paga, o que junto a nossa pequena correria, nos levou a escolher o que era mais interessante visitar no momento.

Fonte de Netuno - Piazza della Signoria
Primeiramente, chegar à Florença foi um pouco demorado, porque de Nápoles para lá só haviam trens rápidos (e nesses pagaríamos uma taxa extra salgadinha) e voltamos à Roma e de lá seguimos para Florença, ou seja, praticamente o dia inteiro dentro dos trens. Mas a beleza da Toscana pelo caminho foi extremamente encantadora e valeu a pena o longo caminho. Conhecemos um senhor italiano que reconheceu que estávamos falando português, pois tem dois filhos adotados daqui e já conheceu muitos cantos desse país. Um senhor muito culto e nos fez algumas perguntas sobre política e comportamento: a troca foi muito bacana.

Chegamos já pela noite em Florença. O hostel (7 Santi) onde ficamos costumava ser um convento, era enorme e um pouco estranho, na verdade. Mas por 3 noites não foi problema algum. Saímos pra jantar e comecei minha relação de amor com o risotto (sim, risotto) e o vinho! Um amigo italiano me indicou comer a Bisteca alla Fiorentina, um prato super típico, mas acabei não experimentando.

Florença me lembrou um pouco Roma, é elegante, mas tem uma simplicidade, uma delicadeza só dela. Começamos nosso dia cedo e na caminhada, em mais uma cidade onde nosso meio de transporte mais usado foram nossos próprios pés. O hostel era um pouco distante do centro, cerca de 30 a 40 minutos a pé (principalmente porque sempre nos perdíamos no mapa). Chegamos na belíssima Piazza della Signoria, com sua fonte de Netuno e a Galeria Uffizi logo ali do lado. E muitas esculturas, tudo bellissimo! E claro, que já passamos a manhã toda e um pouco mais na Galeria Uffizi...tanta coisa pra veeeer! Uau, que exposição permanente incrível! Pra quem não sabe, Florença é o berço do Renascimento, ou seja, arte ainda está no ar por lá, até hoje.
Jardim em Florença

Galeria Uffizi
De lá seguimos para a Ponte Vecchio, passando pelo Palazzo Pitti (sem entrar) e o Jardim de Boboli. Nesse último queríamos muuuito entrar, mas como há museus e tudo mais, tem uma entrada de 15 euros e acabo ficando um tempo em um jardim com entrada franca ali perto, cujo não me recordo o nome de forma alguma! Chegamos a Ponte Vecchio, fomos comer alguma coisa e de lá seguimos para ver o famoso e recomendado pôr-do-sol da Piazzale Michelangelo. E é um evento, muita gente, música ao vivo, alguns levam seu vinho, seu lanche, sua cervejinha e para curtir a despedida do sol co m uma vibe super boa!

Eu e Davi
O dia seguinte era pra ver Davi, de Michelangelo, então já fomos pela manhã, depois de dar um pulo na Igreja/Museu de São Marcos para a fila da Galleria Dell’Academia. Com aqueles passes da cidade para museus acredito que seja possível fugir da fila, mas como não iríamos a todos esses locais, não compramos o passe e ficamos um pouco na fila, mas é daqueles lugares que vale a pena a espera, o corredor onde fica Davi é sensacional. Começa com obras de Michelangelo do início da carreira e você vai vendo sua evolução até chegar a sua grande obra, Davi. E tudo mais nesse museu é incrível.

Saímos de lá, cansada e com fome e fomos almoçar em um restaurante vegetariano/vegano super bacana, o Bio Bistrô/Miso di Riso. Um ambiente super fofo, comida, sucos e sobremesa tudo muito gostoso! Não era lá muito barato (nível mochileiro rs) mas nada muito caro também. Daí, seguimos pela cidade, entrando em algumas igrejas, ficamos um tempo Piazza di Santa Maria Novella e de lá seguimos para o Duomo de Florença (Catedral Santa Maria Del Fiore) para terminar o passeio por Florença. Você pode subir na torre da igreja e ter uma bela vista da cidade por 10 euros.
Duomo de Florença

E assim foi Florença, e deixou vontade de conhecer mais um pouco não só dela, como de toda Toscana. Quem sabe uma volta, não? Alguns lugares que apesar da vontade não fui e super indico: Palácio Vecchio, Palácio Pitti, Jardins de Boboli, Sinagoga de Florença, Casa de Michelangelo e Jardim Bardini. Vamos seguir viagem...próxima parada: Cinque Terre!

Como Chegamos: Trem.

Transporte pela cidade: Pés :)

Estadia (3 noites):
Hostel 7 Santi : R$182

Gasto Gerais: Vou ficar devendo, pois deslumbrada na Itália acabei não anotando meus gastos básicos depois de Roma.[2]

Fotos da Itália no meu Flickr:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656885166298



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 Itália – Parte 2: Nápoles

Pompéia

Segunda parada na Itália: Nápoles. Passamos a tarde na locomoção para lá (reservar trem, esperar). Foram cerca de 3 horas de viagem de trem de Roma (estação Roma Termini) até Nápoles e quando chegamos estávamos com fome de PIZZA! Nossa programação inicial era passar um dia em Capri e outro em Pompéia, mas por questões climáticas e financeiras, acabamos adiando Ilha de Capri para uma futura visita à Itália.

Bom, chegamos no hostel e nos ajeitamos. Fato que achei curioso: foi o primeiro quarto com banheiro sem banheiro hahaha. Vamos explicar melhor, havia um lavabo e um chuveiro separados, só ao longo da viagem percebi que isso costuma ser comum até em algumas casas pelo velho continente. Bom, a fome estava grande, pedimos dicas e começamos nossa busca pela pizza napolitana, mas ainda não eram 19hrs e muitos restaurantes estavam fechados. Voltamos para o hostel, fugimos da chuva e matamos o tempo.
Hora da pizza!!!!!
Finalmente, chegou a hora da pizza, então pegamos o mapa e seguimos até a pizzaria Di Matteo. Bom, não foi assim tão prático. Alguns “como chego lá?” e italianos explicando em italiano, “brigando” uns com os outros pra nos dizer o melhor caminho, dizendo que o taxista dizia que era longe pra ganhar dinheiro...hahaha uma comédia! Como disse nossa amiga americana Karissa, ir a Nápoles é para conhecer o italiano na raiz, aquele bem “loco people”. E são os que mais falam gesticulando, mais alto, parecem estar brigando o tempo inteiro até quando estão em uma simples conversa.

Centro Histórico de Nápoles
Depois de algumas explicações, nos achamos no mapa e fomos caminhando pelo Centro Histórico e ainda descolamos um anjo que nos levou até a porta da pizzaria. Ok, muitas pessoas conseguem comer tranquilamente aquela pizza inteira, mas nós não estávamos com tamanha disposição e acho que isso irritou ligeiramente os garçons e nossa pizza demorou uma vida (e custava apenas 3 euros). Mas pelos olhares dos italianos ao redor, parecia um crime dividir a pizza. Enquanto comíamos, dois músicos entraram no restaurante e passaram um tempo tocando por uns trocados, aqui vai o link do vídeo que fiz deles tocando “Funiculì, Funiculà” (https://www.youtube.com/watch?v=rlO_2lllDwY ).

No dia seguinte, eu e minha irmã resolvemos usar o serviço de lavanderia do hostel e não é que choveu até granizo? Adiamos nossa ida à Pompéia, desistimos de vez de Capri e ficamos mais no hostel mesmo nesse dia, só saímos para mais pizza (e um pouco de gelato também). O que o albergue te proporciona de mais legal é a diversidade de pessoas e razões por que estão viajando. Tinham uns orientais que faziam escova no cabelo todo dia e tinham amigos em São Paulo, um mexicano que estava viajando pelo mundo há 8 meses sem saber quando ia parar de viajar, um casal que trabalha 6 meses e viajava durante 1 ano, uma americana que dá aula na Arábia Saudita, um canadense sabichão mochilando antes de ir estudar na Alemanha, cada um com sua inquietação e sua sede de viajar.
Eu e Pompéia :)
Nesse dia finalmente vimos um jogo da Itália com italianos torcendo e eles ficam muito a flor da pele mesmo. Eu até levei um olhar raivoso, pois ri de alguma coisa aleatória em um momento não muito bom para a Azurra.

Finalmente, dia de passeio! Acordamos cedo e fomos à Pompéia (cidade do Império Romano que foi destruída durante uma erupção do Vulcão Vesúvio). Pegamos o metro até a Estação Central de trem de Nápoles (onde chegamos) e de lá procure a indicação Circumvesuviana, pegue o trem em direção a Sorrento e desça na estação Pompei Scavi – Villa dei Misteri (existem mais algumas estações com o nome Pompei, então é bom ficar atendo para descer na correta). Chegamos lá, pegamos nosso audioguide e adentramos à cidade. É IN-CRÍ-VEL, é enorme (e fácil de se perder) e ao acompanhar a história no guia se torna impossível não se encantar com a nível de desenvolvimento daquela civilização no século I. A cidade só foi redescoberta no século XVIII e é um dos grandes atrativos turísticos da região. Super indico esse passeio. Mas vá preparado para andar muito e de preferência voltar, caso queira ver tudo detalhadamente.
Em uma das arenas de Pompéia

E assim, depois de mais uma pizza, acabou nossa estadia em Nápoles e com direito a performance de um dos garçons (um belo garçom, por sinal) dançando “Happy” do Pharrel Williams. O dia seguinte era de partida para bela Florença e toda sua atmosfera artística!

Três coisas que não fiz mas indico pra quem pretende dar um pulinho lá é: conhecer melhor o Centro histórico de Nápoles, fazer o passeio até o Vesúvio e ir a Ilha de Capri. Os pacotes em hostels/hotéis para passeio de barco em Capri e na costa Amalfitana são um pouco mais salgados, mas lembro de ter pesquisado antes um a forma mais econômica: pegar uma balsa no Porto de Nápoles (a mais barata custa 12 euros).

Como chegamos: Trem.

Transporte pela cidade: Metrô e trem.

Estadia (3 noites):
La Controra Nápoles: R$136,00

Gasto Gerais: Vou ficar devendo, pois deslumbrada na Itália acabei não anotando meus gastos básicos depois de Roma.

Fotos da Itália no meu Flickr:
https://www.flickr.com/photos/ellenpedercane/albums/72157656885166298

OBS: Indicações que li pós viagem – Conhecer o Castelo do Ovo no Porto de Nápoles.

OBS2: No Centro há várias boas pizzarias com preços a partir de 3 euros (aumentam de acordo com o sabor), então aproveite bem a saborosa pizza napolitana!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Mochilão 2014 - Itália – Parte 1: Roma

Piazza del Popolo

Já tenho vontade de conhecer cada cantinho desse mundo, mas alguns cantinhos têm um toque mais especial. E a Itália está nessa lista, nesse top 10 de lugares do coração desde os sonhos mais infantis. Minha família, mesmo que não tenha mantido muito a tradição italiana (vieram para trabalhar lá pelo final do século XIX), possui o sangue fervente daquele jeitinho que só o italiano tem. Não, essa viagem não foi para buscar familiares por lá, mas só pelo fato de estar naquela terrinha o coração acelera.

A primeira parada foi a Itália, pois minha irmã Teresa tirou férias para viajar comigo, só nesse primeiro país. Ficaria sozinha nos demais, mas como já disse no post anterior (http://ideiasmochileiras.blogspot.com.br/2015/01/primeiros-passos-para-o-mochilao.html) me apareceu uma companheira para dividir a aventura. E esse foi o país no qual ficamos mais tempo. 20 dias de muito amor, gelato, tutti parlano con gesti, pasta, pizza, Madonna mia! Para mim, é impossível não se apaixonar pela Itália. Tem ruínas, tem massa, tem NUTELLA, tem o melhor sorvete do mundo, belissimi ragazzi e a loucura deliciosa que só os italianos possuem. Ao final dos 20 dias já era possível entender alguma coisa dessa língua tão romântica (ou a mais romântica como diria Elizabeth Gilbert de Comer, Rezar, Amar).
Basílica de São Pedro, Vaticano

Uma semana antes da viagem eu mal consegui dormir de tanta ansiedade, e acredito que começar pela Itália me tirou ainda mais o sono. E dia 9 de junho de 2014, no início da noite embarquei com destino à Roma. Contando a escala, umas 12 horas depois estávamos lá! E que calor! Roma nos recebeu com a certeza que por um tempo não teríamos saudade do Rio de Janeiro. Chegamos ao finalzinho a tarde no hostel, mas temos sol até as 22hrs então...vamos começar a caminhar pela cidade? Sim! Afinal, 4 dias e meio é pouco pra curtir essa bela cidade.

Piazza Navona

Encontramos Sessa (apelido da Simone) que já estava na cidade. Pegamos o mapa no hostel, pedimos dicas e lá fomos nós. Comemos uma pizza e seguimos caminhando até o Piazza Del Popolo (passando pela Piazza di Spagna, que tinha alguma obra próxima. Obra que é algo muito comum em toda parte da Europa no verão). Voltamos e comemos o nosso primeiro gelato...e aí foi amor eterno a primeira colherada! Sim, passei todos os dias na Itália comendo gelato desde então.

No dia seguinte, acordamos cedo para ir ao Vaticano, era dia de Audiência papal e uma galerinha do hostel também ia aproveitar pra assistir e conhecer o Vaticano. Na hora, cada um foi pra um canto, comprou por um preço. Nós, como boas brasileiras, buscamos o melhor preço até o fim. E chegamos à audiência estava lotaaaaada e o calor estava bem forte. Ao final, adentramos a Basílica de São Pedro, ao Museu do Vaticano e Capela Sistina. O dia inteiro é pouco pra ver tanta beleza. Passamos o dia inteiro encantadas com tudo. A energia, a arte, tudo incrível! Assumo que fiquei muito emocionada na Basílica de São Pedro e liguei pra minha mãe, gostaria muito que ela tivesse ali dividindo aquele momento comigo. Vale muito a pena ir ao Vaticano (mesmo não sendo católico). Cara, tem Michelangelo, saca? Uau!

No Palatino
Nosso terceiro dia em Roma foi de muuuuuita caminhada! Passamos pelo Fórum Romano (mas o visitamos efetivamente no dia seguinte), fomos sem sucesso ao Mausoléu de Augusto, que por um motivo que não me recordo (ou talvez não tenha sido dito) estava fechado a visitas. De lá seguimos caminhando pelo Rio Tibre, passamos pelo Castelo de Santo Ângelo (mas não entramos) e fomos nos perdendo entre ruelas, igrejas e piazze até chegar a belíssima Piazza Navona. Tudo lá era bom, o clima, as pessoas, tudo, até a garoa que caiu quando chegamos! Inclusive lá fica o consulado brasileiro de Roma, onde passamos um tempo batendo papo com um brasileiro que mora lá há mais de 20 anos. De lá fomos para a Fontana di Trevi, com direito a mais um pouco de “perdidas no mapa”, entrando em igrejas e parando em praças. E ao chegar lá...a Fontana está EM OBRA. Isso mesmo, sem água, cercada e só abrirá em agosto de 2015. Ou seja, os pedido ficaram pra depois. No caminho de volta para o hostel, encontramos um Pinóquio e acabamos virando atração tirando foto com ele, um senhor também registrou o momento em sua câmera. Ok, né? Nesse dia, acabamos assitindo o jogo do Brasil no hostel, e até onde me lembro ninguém torceu pelo Brasil e perguntavam “todo mundo lá e vocês aqui?” hahahhaha e essa pergunta nos acompanhou até o final da viagem, acompanhada de outras piadinhas, if you know what I mean.
Decepcionadas na Fontana

Fórum Romano
Nosso último dia inteiro em Roma foi de maratona: Palatino + Fórum Romano + Coliseu + Piazza Venezia + Monumento a Vittorio Emanuele II + Pantheon, ou seja, uma maratona! Acho que talvez o dia mais incrível. Eu já disse que sou apaixonada por ruínas? Por ver a história “viva” de tanto tempo atrás? Me senti em um livro de história, pensando em tudo que aprendemos sobre civilizações antigas e está tudo ali, sob nossos olhos. Há anos que falo que preciso conhecer o Coliseu antes que ele suma, quando ele apareceu no meu campo de visão, mal sabia o que pensar, só “caraaaaa, eu tô aqui!!!!!”

E assim se foram os maravilhosos dias em Roma com toda sua majestade. Mas claro que sempre falta uma coisinha aqui e outra acolá. Indico pra quem for pra lá, não deixar de visitar além dos lugares aos quais fui (todos indispensáveis): Bairro boêmio de Trastevere (queria muito ter saído a noite por lá),  Jardins de Villa Borghese/Galeria Borghese, Monte Capitolino/Museu Nacional Capitolino e Termas de Caracala. Li também sobre Catacumbas de São Calisto, mas eu não tenho muita atração por conhecer cemitérios em canto algum, mas pra quem curte pode ser uma boa.

Não comprei Roma Pass e andei a cidade inteira a pé. Antes de chegar só comprei o Eurail Pass Itália para 3 pessoas com 5 paradas (189 euros para cada, cerca de R$638,82), já que de uma cidade para outra andei de trem. Mas ao final da série de posts sobre o mochilão, farei um com os valores totais da empreitada ;).
E assim foi Roma. Tranquila, sem nenhuma furada e com muito gelato rs.
Próxima parada: pizza, ou melhor, Nápoles!

Ele: o COLISEU!

Como chegamos: Avião.

Transporte pela cidade: Nenhum. Fizemos tudo a pé mesmo.

EstadiaR$472
La Controra Hostel – 4 noites:  (incluindo taxa de turismo, 2 euros por dia)

Gastos gerais:  R$ 352, 54
(comida, bebidas, entradas de museus e tudo mais)

Gasto total: R$ 824,54