quarta-feira, 22 de julho de 2015

Quando a vontade de mochilar começou!

Valle Sagrado, Peru
Ultimamente tenho lido alguns textos sobre o tal do “gene wanderlust” e, assumo que ainda não formei opinião sobre o assunto e não sei se algumas pessoas nasceram pra viajar e outras não, só sei que viagens podem ser experiências transformadoras. E viajar foi um oceano de descobertas pra mim, foi como tirar uma venda dos olhos e ver como o mundo é grande e te chama para cada canto dele com uma infinidade de cultura, pessoas e oportunidades pra você aproveitar. Não sei se tenho o gene, mas resolvi compartilhar um pouco de como tudo começou pra mim, essa vontade infindável de ir pelos cantos desse mundão!
Caminho da Hidrelétrica até Águas Calientes, Peru


Veneza, Itália
Anos estagiando, anos se privando de longas viagens por alguns motivos e depois de um ano meio de trabalho e chegaram as minhas merecidas FÉRIAS (agosto de 2013)! As primeiras férias da vida e eu optei a ir para Machu Picchu, comprei as passagens uns 3 meses antes (e sim, chegando perto tentaram adiar minhas férias), fiz as reservas e depois de uns conselhos de um amigo, montei o roteiro junto à uma amiga que me acompanhou nessa primeira aventura. Já tinha feito algumas viagens, já tinha ido á Buenos Aires (a primeira internacional), mas foi em Cusco que tudo mudou.

Foi em Cusco que eu percebi que não queria ser só turista. Foi em Cusco que eu percebi que uns minutinhos que fossem parar e olhar como aquela cidade funcionava, como aquelas pessoas se comportavam, era mais importante pra mim do que fazer mil passeios. Conhecer gente de lugares diferentes, escutar um pouco de sua história e suas viagens, dividir o quarto com essas pessoas por alguns dias ou por algumas horas, tudo isso tornava a viagem ainda mais especial. A viagem foi de expansão. De ter um olhar novo e isso sempre vem de dentro pra fora. E as good vibes do Santuário ajudaram, acredito eu. Voltei inquieta demais. Voltei pensando na próxima viagem, planejando roteiros e descobrindo que a vontade é conhecer cada cantinho do mundo, aquele mais longe e mais inusitado especialmente. E como “IR” é grandioso, permissivo e libertador. É dar-se chance. Costumo dizer que são os melhores presentes que pude me dar.
Paixões em Amsterdã, Holanda

E meses se passaram, vontades foram e vieram, conversas, sonhos e um dia comum em um simples bate papo a minha vontade resolveu se manifestar “eu quero passar um tempo longe”. E com isso começaram os planos, as conversar e aquelas tentativas de deixar claro que você não é maluco e que sua decisão é mais sensata do que parece (no meu caso, costumo dizer que nunca fui tão sensata, tão lúcida). Meses de aperto para economizar, de planejamento para ver o quanto gastar e em quanto tempo gastar. Mas no meio disso, uma viagemzinha  pra deixar os ânimos ainda elevados!
Dança grega na ferryboat Patras-Ancona

E o dia do primeiro mochilão além férias (até porque me demiti hahaha) chegou. E superou todas as expectativas. Estou aqui um ano depois (há um ano estava lá na Europa) ainda colhendo frutos de tudo que aprendi naqueles dias e pensando em tudo que poderei aprender nos próximos. Viajar me ajudou a encontrar um novo rumo, como diz uma linda música do trio Calle 13 de Porto Rico La renta/el sueldo/El trabajo en la oficina/Lo cambié por las estrellas/ Y por huertos de harina/Me escapé de la rutina/Para pilotear mi viaje/Por que el cubo en el que vivia/Se convirtió en paisaje/Yo! era un objeto/Esperando a ser ceniza/Un día decidi hacerle caso a la brisa.” (La Vuelta El Mundo – Calle 13).

Big Ben, Londres.
Viagens podem te permitir ir longe, nesse mochilão acho que efetivamente comecei a nascer como fotógrafa (e olha que minha estrada ainda é longa, muito que aprender). Comecei a (re)nascer como pessoa, como filha, mulher, amiga e tudo mais. Não sei se está no meu gene wanderlust essa aptidão por encarar as mazelas que mochilar e conhecer outros países de uma forma mais simples, até porque pra mim o maior perrengue do mundo é compensando pelas inúmeras coisas maravilhosas que acontecem ao longo da estrada, talvez isso seja a mágica da saída da zona de conforto. E desde que voltei (e viajei mais um cadinho como podem ver nos relatos aqui no blog) a busca é exatamente por isso, pela “não zona de conforto”, é trazer para o dia a dia de onde você mora essa magia e continuar expandindo nas próximas viagens, por que o fluxo não pode parar, não é? É paixão daquelas arrebatadoras, não dá pra parar!

E vocês que estão aí lendo? Quando começou sua história com as viagens? Desde cedo? Mais tarde? O que as viagens trouxeram pros seus dias??? Tô aqui esperando vocês me contarem heeeein???? J


E vamos seguindo...até o próximo post, galera!

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