quarta-feira, 10 de junho de 2015

A volta pra casa




 O sentimentalismo não coube somente no outro post e ficou um pouco nesse também hehehe. Mas juru jurandinho que é bem menos do que o anterior. Mas assim como falando sobre idas, não há como não falar em sentimentos quando se trata de vindas. Um tempo longe deixa a alma com sede de seguir e ao mesmo tempo nutre saudade pelo que deixou. E foi assim minha volta ao Brasil. O misto de ansiedade e vontade de viver mais deixou um vôo de 11 horas (Londres-Rio de Janeiro) um tanto mais longo! Passei a noite sem dormir no aeroporto, apaguei no vôo de suas horas entre Lisboa e Londres, mas justamente no vôo longo os olhos só descansaram em um cochilo.
O que me esperava em casa quando cheguei :)

Cheguei e fui recebida com tanto amor que fez o cansaço da viagem valer a pena. Tinha até boas vindas na cortina pra mim. Tinha abraço, tinha cafuné! As semanas foram se passando e depois da “ressaca” do Jet lag (que durou uns bons dias), as fichas começam a cair. Você enxerga como é difícil ficar quando você se acostuma a ir. A sede por mais “movimento” na vida é muito forte. A sua rotina era não ter rotina, a cada dia um mundo de informações lhe é apresentado. Sempre há muito que conhecer ou novas perspectivas para descobrir no seu canto, mas vamos combinar que a gente perde um pouco esse ânimo em nosso “habitat natural”.

Na verdade, o mundo começa a ser todo mais seu, sabe? Você quer conhecer cada canto dele, cada novidade, cada cultura e principalmente àquelas muito diferentes da sua. Você descobre o ganho enoooorme de estar longe de casa, de ter que “se virar”, você passa a ser feliz com menos, de fato. E quantos lugares lindos e interessantes existem nesse mundão? Incontáveis. E quanta coisa que não temos ideia de existir e existe!? Essa inquietude na alma te morde e não larga mais. Mochilar vicia, meu caro amigo! J
Alguns presentinhos dos amigos ao longo da estrada.

Até ter casa se torna motivo de estranheza. Você fica tão acostumado a dormir em qualquer lugar, que sua cama se torna a mais confortável de todo o universo hahaaha. O chuveiro da sua casa é a maior cachoeira do mundo e tantas outras coisas. Tudo ganha novo valor. Você muda suas prioridades, insere novidades no dia-a-dia e descarta algumas coisas que já não pertencem mais a você. E começa a conviver com um desejo incontrolável de sair por aí de novo (bom, em alguns casos a pessoa não precisa controlar esse desejo e pode seguir, no meu caso tive de ficar). Eu cheguei na noite de 29 de agosto, e fiz 3 viagens pelo Brasil no mês seguinte para agüentar essa ansiedade e conhecer mais esse lugar gigante maravilhoso que é nosso Brasil.

E nisso teve o processo de procurar emprego. Mesmo sabendo que eu não queria mais nada da minha vida “pré viagem”, insisti no erro. Mas como o mercado está passando por um mercado delicado, me toquei que só estava dando murro em ponta de faca. Então, resolvi fazer alguns cursos de fotografia e estou agora me dedicando a isso. Afinal, é pra frente que se anda né? E a vontade de mochilar segue aqui, cada dia maior, nem que seja por uns diazinhos, porque o mundo é grande demais pra ficar parado, né minha gente?


Até o próximo post, galera!

2 comentários:

  1. essas sensações de qdo voltamos pra casa são muito doidas mesmo !! e qdo acordo no meio da noite achando que estou no meio de uma floresta, dentro de um avião ou andando por alguma rua de qq cidade indefinida ehehe
    bola pra frente e boas viagens !!

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    1. Com certeza! Sempre terá uma nova aventura pela frente...mas chega até a ser engraçado essa "loucura" pós trip né?

      Boas viagens pra gente :)

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