O sentimentalismo não coube
somente no outro post e ficou um pouco nesse também hehehe. Mas juru jurandinho
que é bem menos do que o anterior. Mas assim como falando sobre idas, não há
como não falar em sentimentos quando se trata de vindas. Um tempo longe deixa a
alma com sede de seguir e ao mesmo tempo nutre saudade pelo que deixou. E foi
assim minha volta ao Brasil. O misto de ansiedade e vontade de viver mais
deixou um vôo de 11 horas (Londres-Rio de Janeiro) um tanto mais longo! Passei
a noite sem dormir no aeroporto, apaguei no vôo de suas horas entre Lisboa e
Londres, mas justamente no vôo longo os olhos só descansaram em um cochilo.
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O que me esperava em casa quando cheguei :) |
Cheguei e fui recebida com tanto
amor que fez o cansaço da viagem valer a pena. Tinha até boas vindas na cortina
pra mim. Tinha abraço, tinha cafuné! As semanas foram se passando e depois da
“ressaca” do Jet lag (que durou uns bons dias), as fichas começam a cair. Você
enxerga como é difícil ficar quando você
se acostuma a ir. A sede por mais “movimento” na vida é muito forte. A sua
rotina era não ter rotina, a cada dia um mundo de informações lhe é
apresentado. Sempre há muito que conhecer ou novas perspectivas para descobrir
no seu canto, mas vamos combinar que a gente perde um pouco esse ânimo em nosso
“habitat natural”.
Na verdade, o mundo começa a ser
todo mais seu, sabe? Você quer conhecer cada canto dele, cada novidade, cada
cultura e principalmente àquelas muito diferentes da sua. Você descobre o ganho
enoooorme de estar longe de casa, de ter que “se virar”, você passa a ser feliz
com menos, de fato. E quantos lugares lindos e interessantes existem nesse
mundão? Incontáveis. E quanta coisa que não temos ideia de existir e existe!?
Essa inquietude na alma te morde e não larga mais. Mochilar vicia, meu caro
amigo! J
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Alguns presentinhos dos amigos ao longo da estrada. |
Até ter casa se torna motivo de
estranheza. Você fica tão acostumado a dormir em qualquer lugar, que sua cama
se torna a mais confortável de todo o universo hahaaha. O chuveiro da sua casa
é a maior cachoeira do mundo e tantas outras coisas. Tudo ganha novo valor.
Você muda suas prioridades, insere novidades no dia-a-dia e descarta algumas coisas
que já não pertencem mais a você. E começa a conviver com um desejo
incontrolável de sair por aí de novo (bom, em alguns casos a pessoa não precisa
controlar esse desejo e pode seguir, no meu caso tive de ficar). Eu cheguei na
noite de 29 de agosto, e fiz 3 viagens pelo Brasil no mês seguinte para agüentar
essa ansiedade e conhecer mais esse lugar gigante maravilhoso que é nosso
Brasil.
E nisso teve o processo de
procurar emprego. Mesmo sabendo que eu não queria mais nada da minha vida “pré
viagem”, insisti no erro. Mas como o mercado está passando por um mercado
delicado, me toquei que só estava dando murro em ponta de faca. Então, resolvi
fazer alguns cursos de fotografia e estou agora me dedicando a isso. Afinal, é
pra frente que se anda né? E a vontade de mochilar segue aqui, cada dia maior,
nem que seja por uns diazinhos, porque o mundo é grande demais pra ficar
parado, né minha gente?
Até o próximo post, galera!