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Eu não sou diferente. Eu penso diferente. Haarlem, Holanda |
Viajar é a maior terapia do
mundo! Vale a pena economizar cada centavinho, tirar algumas futilidades da sua
vida para encarar uma estrada com a mochila nas costas. Ano passado larguei meu
emprego para passar 3 meses mochilando pela Europa. E pasmem, 82 dias viajando
por 11 países (Itália, Grécia, Croácia, Alemanha, Holanda, Bélgica, Irlanda,
Inglaterra, França, Espanha e Portugal) é pouco! Ainda há muito que conhecer,
mas não diminui a lindeza dessa aventura.
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Pôr-do-sol na Piazzale Michelangelo em Florença, Itália. |
1 - Conhecer outras culturas faz
você se encontrar melhor na sua, valorizar mais aquele lugar que te ampara
desde que você nasceu. Seja sua pátria, sua família, seus amigos, seu amor,
estar longe traz uma nova e mais ampla perspectiva, literalmente abre seus
olhos. É como se você pudesse “ver de fora” sua vida e dar um novo sentido a
ela. Tudo fica mais claro.
2 - É importante ter um roteiro?
Sim, mas não fique preso a ele. Tenha uma ideia de onde quer ficar, por quanto
tempo, mas permita que ele sofra mudanças de acordo com o desenvolvimento da
viagem. Em alguns lugares você poderá ficar mais e outros (financeiramente)
terá que ficar menos. De qualquer forma, tudo será perfeito como deveria ser.
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Ágora Romana em Atenas, Grécia. |
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O Seine virou praia. Paris, França. |
3 - As diferenças culturais existem,
mas gente linda você encontra em qualquer parte do mundo. O que me pareceu é
que europeus são bem atenciosos e realmente prestam atenção em você, abrem a
casa, o coração, te dão moeda na rua se percebem que você não está conseguindo
trocar uma nota de 5 euros por moedas. Esse é o diferencial de conhecer o mundo
de perto e pela televisão: você percebe que tem mais gente disposta a
distribuir amor do que aparece nos noticiários.
4 - Ir ao Coliseu, à Torre
Eiffel, ao Big Bem e muitas outras coisas são bacanas, e você vai fazer. Mas
lembre-se: um mochileiro faz muito mais que isso. Conheça as pessoas, entenda
um pouco dela ao conhecer sua cultura. Ouvir é um exercício essencial numa
viagem. Se permitir entrar no mundo daquela pessoa e enxergar seu cotidiano, e
perceber que bem lá no fundo, nossas diferenças não são tão grandes assim.
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Casal de músicos em Madri, Espanha. |
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Aeroporto Heathrow, Londres. |
5 - Busque aprender alguma
palavrinha da língua oficial do país (porque aprender os dialetos fica um pouco
mais complicado). Seja um “bom dia”, um “obrigado” os moradores locais ficam
felizes ao ver seu esforço em falar a língua deles e serão até mais simpáticos
porque vai soar fofinho a sua tentativa de falar a língua deles.
6 - Compre sua comida no mercado,
mesmo que você não seja um
chef de
cuisine, é bem econômico e fará você recorrer menos ao fast food (quando o
dinheiro estiver mais curto). Uma das qualidades de um mochileiro deve ser “se
virar com o que tem”.
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Estação de trem. Fátima, Portugal. |
7 - Aprenda com o mochileiro
europeu: você não precisa de muita vaidade pra carregar uma mochila nas costas,
outra na frente, uma bolsa e outra mala. Você precisa de conforto e pode andar
descabelado sem problemas. Ah, leve a menor quantidade de roupa possível,
porque depois de alguns meses qualquer peso se transforma em um monstro nas
suas costas. E use uma roupa até não agüentar mais, pois lavanderia não é lá a
coisa mais barata do mundo e não é sempre que você poderá perder seu precioso
tempo nela.
8 - Permita-se quebrar tabus. Franceses vão
falar com você em inglês quando você estiver perdido. Italianos falam com a
mão, “brigam” pra te dar a direção certa e até levam você onde você quer
chegar: não se assuste pelo “falatório”, eles são uns amores! Pelo menos no
verão, os ingleses param sim para te dar informação (e ainda te colocam no
ônibus!). A ainda pouco falada Croácia é uma país incrível e com pessoas mais
incríveis ainda! O povo irlandês é super receptivo, principalmente ao te ver
focada no mapa e sem sair do lugar.
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O verão irlandês. Dublin, Irlanda |
9 - Ande de trem! É uma forma
muito bacana de conhecer a Europa e ver muitas belezas ao longo do caminho,
conhecer pessoas comuns que estão indo estudar em outro lugar, ou passar
férias. Mesmo que rápido, ver cidades pequenas e tão bonitas e pensar “na
próxima viagem, desço por aqui.”
10 - Aprenda a fotografar. Não
perca tempo fotografando tudo e vivendo pouco a sua viagem. As memórias
fotográficas são muito importantes, mas o que você está vendo e vivendo,
ninguém vai te trazer de volta. Aproveite pra ver o mundo com as lentes e mais
ainda sem elas. Fuja da síndrome do oriental e fotografe o suficiente, sem
exageros.
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