Monumento Alfonso XII - Parque de el Retiro |
A cada passo dado a essa altura da viagem, o pensamento era apenas um: ai
ai, nossa aventura está acabando! E se tem uma coisa que aprendi nesse mochilão
é: 3 meses é pouco. Sim, muito pouco para a quantidade de cidades que
conhecemos e por isso que nosso último mês de viagem foi mais light. Não
agüentávamos mais o ritmo de acorda cedo e bate perna o dia todo. Aceitamos o
fato de que diminuir o ritmo também nos faria conhecer um pouco menos e o final
da viagem (desde a França) foi assim: conhecemos o que der e pronto. Por isso
que digo que é importante sim uns dias de descanso no meio da viagem, porque
mesmo sendo viagem, mesmo com tantas novidades, o corpo vai cansar em algum
momento. E essa é uma dica que deixo nesse começo de post.
Acredito que em Madri nós atingimos o maior nível de “não agüento mais,
vou dormir”. Ficamos hospedadas na sede da *Arte de Viver e a pessoa
que mora lá estava viajando de férias, ou seja, com uma “casa” só nossa ficamos
muito a vontade em não fazer nada! Chegamos sem muitas dicas de
direção, mas perguntando a gente acha qualquer lugar, até o mais escondido.
Chegamos à noite e nossa força se limitou a ir ao mercado comprar algo para
comer e pronto.
O dia seguinte chegou e começamos a conhecer a fofa cidade de Madri. A
capital da Espanha me pareceu mais simples (e conseqüentemente) aconchegante do
que Barcelona, uma cidade mais tranqüila, apesar de também ter uma noite famosa
por suas baladas! Barcelona tem seu ar cosmopolita, Madri é uma grande cidade
discreta. Eu gostei mais de Madri do que de Barcelona, mas gosto é MUITO
pessoal né, galera? Mas vamos ao que interessa. Começamos um dia em um posto de
Informação Turística, na Plaza Mayor, para pegar nosso querido mapa! Ali mesmo
pegamos umas dicas do que conhecer (Simone tinha um guia que consultamos para
decidir o que conhecer em todas as cidades).
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Monumento à Cervantes |
Depois da Plaza Mayor, acabamos nos entretendo com as lojinhas de
souvenir com vontade de comprar todos os bonecos de Don Quijote que víamos, enquanto andávamos pelo Centro de Madri
(uma senhora que conhecemos nos disse que no geral é tudo muito perto e o
que marcamos para conhecer no mapa realmente era). Entre uma loja e outra,
chegamos à Catedral de La Almudena, igreja belíssima em sua mistura de estilos
arquitetônicos (neogótico, neoclássico e neorromânico) e fica ali pertinho do
também belo Palácio Real. De lá seguimos em busca de um mercado e de
informações para badalar pela noite de Madri. Comemos, nos arrumamos e fuimos a bailar! Sem saber muito pra
onde ir, andamos por uma região de bares e afins e começaram
a surgir pessoas nos oferecendo tour em bares
e tal, mas só fomos quando nos ofereceram uma entrada grátis em discoteca (é
assim que eles chamam por lá), a Torero. Não estava lotada e tivemos todo
espaço do muuuuundo pra dançar e, diferente de Barcelona, só músicas latinas
tocando, ótimo para dançar como se não houvesse amanhã! Quando bateu o cansaço fomos até a Plaza de Cibeles pegar nosso transporte
para voltar pra “casa”, onde há vários pontos de ônibus que
rodam durante a noite, o que achei excelente!
O curioso Monumento ao Anjo Caído |
No dia seguinte estávamos mortas, acordamos super tarde e fomos apenas à
estação de trem marcar nossa passagem pra Portugal (decidimos ir para Lisboa
primeiro, mesmo não sabendo onde ficaríamos) e nada mais fizemos. Voltamos, pois
era dia de Satsang (encontros semanais para aqueles que já completaram algum curso da
Arte de Viver, guiados por instrutores em um espaço para reviver as práticas e
compartilhar experiências) na sede da Arte de Viver e foi nossa atividade do
dia. E somente lá tive a ideia de procurar a sede de Lisboa para estadia, que
prontamente nos respondeu com um sim e as dicas para chegar por lá!
Palácio de Cristal |
A instrutora que conhecemos no satsang nos convidou para um almoço com
outras instrutoras, então nosso último dia começou com um passeio
pela Gran Via e depois fomos ao Monumento à Cervantes, na Plaza España, com suas famosas personagens: Don Quixote e Sancho
Panza! Seguimos nos perdendo e nos achando pelo Centro de Madri até
encontrarmos as meninas. Uma argentina, três venezuelanas e
nós duas brasileiras. Quase um encontro latino americano!. Como Simone
não fala espanhol, nossa conversa foi à base de português e espanhol falados
lentamente, e todo mundo se entendeu. Depois de passar um tempo com elas, fomos
para o lindo Parque de El Retiro, mas
antes passamos pela Plaza de Oriente
e Puerta de Alcalá. No parque, há o
Monumento Alfonso XII, o Palácio de Cristal e o curioso Monumento ao Anjo
Caído, sobre o qual ouvi histórias da teoria da conspiração depois e li algumas
bem divertidas em pesquisa pelo Google também. Desde reunião Illuminati perto
de onde é o monumento até a história de que ali é o ponto mais negativo da
terra (oi???? Como se mede isso???), mas no final das contas, continuei sem
saber o porquê da verdadeira criação deste monumento.
E assim foi Madri. E assim foi a Espanha. E assim estávamos de partida
para o último país do mochilão. Escrevo hoje com todos aqueles sentimentos que
a mim vieram naquele momento. Como é bom aventurar-se e como passa rápido!
Deixemos esse papo para depois! ;) Próxima para é a terrinha, ora pois! Lisboa
e Porto (arredores) encerraram nossa trip. Então, não perca o próximo post,
quase final do Mochilão 2014! Até mais, galera!
Como chegamos: Trem.
Transporte: Metrô, bus para voltar da night e muitas caminhadas.
O que não fiz (e gostaria de fazer): Bate-volta
Toledo. Estádio do Real Madri. Museu Del Prado. Puerta Del Sol. Templo de
Debod. Basílica San Francisco El Grande.
Estadia: Sede da Arte de Viver Madri – R$ 202,80
Gasto Gerais: R$239,82
Gasto Total: R$442,62
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